O vice-prefeito e candidato à Prefeitura de Ribeirão Pires pelo PPS, Edinaldo de Menezes, o Dedé, afirmou que não mudará o formato de sua campanha, mesmo após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) manter o indeferimento de sua candidatura por abuso de poder econômico. O protocolo do processo original (com os argumentos da defesa e acusação) não chegou ao gabinete do ministro Marco Aurélio de Mello - que negou o recurso, mantendo as decisões da Justiça Eleitoral de Ribeirão Pires e do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), que enquadraram Dedé na Lei da Ficha Limpa

"Não tem mais nem menos, a gente vai manter o mesmo ritmo de campanha. Quem perguntar (sobre o indeferimento) eu explico, não tem problema nenhum, não roubei nem matei. Já cumpri o que foi determinado, mas querem que eu cumpra novamente."

A defesa de Dedé entrou com recurso no dia 6 de setembro (sem a papelada original).De acordo com o artigo 2º da Lei 9.800/1999 "a utilização de sistema de transmissão de dados e imagens", como o fax, é permitida, mas os originais devem ser entregues "em juízo, necessariamente, até cinco dias da data de seu término". Portanto, a papelada com o recurso do popular-socialista deveria ser entregue até o dia 10, o que não aconteceu. A defesa do candidato alegou que o erro foi do TRE (instância onde foi pedido o recurso), que não teria enviado o documento original ao TSE.

O advogado de Dedé, Alexandre Damásio Coelho, foi ontem para Brasília com objetivo de tentar reverter a decisão do ministro Marco Aurélio Mello. O objetivo é justificar por meio de uma certidão que o documento original foi entregue e protocolado no dia 10. "O ministro sequer analisou o recurso. Queremos mostrar que foi feito tudo direitinho", disse Damásio.

De acordo com o coordenador de campanha, o ex-ministro do TSE José Eduardo Alckmin passou a integrar a equipe jurídica de defesa do popular-socialista.

OBRAS

O candidato tem afirmado ser contra a terceirização da Saúde. Questionado sobre o seu posicionamento, quando o prefeito Clóvis Volpi (PV) decidiu terceirizar a Pasta - que só voltou a ser administrada pelo município em junho, após possível esquema de corrupção -, o popular-socialista desconversou. "Não teve questão de ser contra ou a favor, o prefeito e o secretário de Saúde (Jorge Mitidiero) que decidiram."