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Diadema contratará 200 médicos contra crise

Secretário, José Augusto projeta edital de concurso público para julho; UPA Paineiras terá corte de R$ 175 mil mensais por falta de profissionais

Por Fábio Martins
Rogério Santos
14/06/2014 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


A Prefeitura de Diadema estima contratar 200 médicos para tentar estancar a crise na área da Saúde. Responsável pelo setor, o secretário José Augusto da Silva Ramos (PSDB) afirmou que a Pasta realiza estudo de impacto financeiro com objetivo de lançar edital de concurso público em julho. “São esforços para sanar o problema grave da saída de profissionais da rede. Nosso levantamento prevê alternativas, inclusive de gratificações”, disse. Em um ano e meio, houve evasão de 87 médicos. Diadema conta hoje com 520 profissionais.

José Augusto reconhece que o número não é suficiente para atender população de 406 mil habitantes. “(Quantidade) É menor do que aquilo que é necessário, por isso buscamos caminhos, como conceder atrativos”, alegou. Por conta do impasse em relação aos médicos, o município perderá R$ 175 mil mensais de custeio da UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas) Paineiras, valor repassado pelo Ministério da Saúde. A verba representa 10% do investimento mensal.

Na terça-feira, integrantes do ministério visitaram a cidade e comunicaram a suspensão dos recursos ao alegar que o Paço não está cumprindo integralmente requisitos para receber o aporte. “São 18 diretrizes ao todo. Somente um item é que está pela metade (necessidade de atendimento 24 horas na unidade em todos os dias da semana). Não podemos ser penalizados por uma visão burocrática. É preciso sensibilidade.” A UPA, única em Diadema, funciona até as 22h.

Sob a justificativa de entrave financeiro, a secretaria diminuiu o número de profissionais na unidade e reduziu o horário de atendimento. Eram 14 profissionais no período diurno e outros 14 no noturno. Hoje há dez a menos. “Eles (ministério) precisam entender que Diadema tem dívida histórica de R$ 2 bilhões e Orçamento estrangulado”, sustentou, acrescentando que “se tiver mais médicos é possível” adequar a UPA dentro de todas as exigência da União.

O ministério não se pronunciou sobre o assunto. A unidade foi inaugurada em 2011, pelo ex-prefeito Mário Reali (PT). Há reclamação de que em curto espaço de tempo a UPA já apresenta série de problemas estruturais, como nos sistemas elétrico e hidráulico.

Creche Naval segue com obra parada

Prevista para ser entregue ano passado, a creche Naval, no Jardim São Luiz, em Diadema, segue sem previsão de ser entregue à população.

Orçado em R$ 2,6 milhões, o equipamento começou a ser construído na gestão do ex-prefeito Mário Reali (PT), projetado para oferecer 180 vagas, num espaço de dois andares, com seis salas e dez berçários.

Abandonado, o prédio está se tornando depósito de lixo, como relataram alguns moradores à reportagem do Diário, que esteve ontem no local, ao lado do Corredor ABD.

Com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a creche Naval integra pacote de investimentos para uma das maiores favelas da cidade.

Por nota, a Prefeitura informou que a obra foi iniciada sem autorização da Caixa Econômica Federal e que o contrato foi paralisado “pois havia diversos itens a regularizar antes de se conseguir a autorização para as obras”.

Reali disse que ao começar a intervenção, foi autorizado pela Caixa. “O prefeito (Lauro Michels, do PV) é bom para culpar os outros.”




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