Feriado e sol são a combinação perfeita para um passeio agradável. Mas quem optou ontem por passar o dia de folga no Parque Estoril, em São Bernardo, frustrou-se com a interdição do teleférico e dos pedalinhos, duas das principais atrações da área verde.
O teleférico, inclusive, está sem funcionar desde o dia 11 de janeiro, após queda de um raio. Na ocasião, seis pessoas estavam no equipamento e precisaram esperar cerca de três horas pelo resgate.
O prazo dado pela Prefeitura no dia da ocorrência para investigações e execução de reparos no sistema era de até 45 dias. Indagado se há previsão para que o equipamento volte a operar, o Executivo disse apenas que “deverá estar em funcionamento ainda neste ano.”
O motorista Antonio Ramos, 31 anos, saiu de Diadema para conhecer o Estoril e ficou decepcionado por não poder utilizar o teleférico. Para ele, a resolução do problema está demorando demais. “Dependendo da gravidade, acho que 30 dias seriam suficientes para resolver a situação. Sem o teleférico, o parque perde um grande atrativo”, disse.
Já a paralisação dos pedalinhos tem cerca de 2 meses, segundo funcionários e comerciantes do local. Há quem diga que a interdição ocorreu após um dos flutuantes afundar durante o transporte de uma pessoa, que acabou perdendo documentos e o aparelho celular.
Outros dizem que a situação se deve à reforma pela qual passa o parque. Conforme o projeto, seria construído na área dos pedalinhos um deck de madeira, além de contratação de nova empresa para operar as embarcações. Representantes da Prefeitura não foram encontrados ontem para comentar a interdição.
Sem as atrações, os comerciantes da praça de alimentação reclamam que o movimento teve queda brusca. Quem resolveu passear por lá mesmo assim se queixou da falta de investimento no local, diante da cobrança pela entrada. “Custa R$ 10 para estacionar o carro, mais R$ 3 de cada pessoa que entra, porém, não tem nada para fazer”, protestou o garçom Antonio Joaquim, 52, morador de São Bernardo. “Se for só para caminhar, melhor ir ao Parque do Ibirapuera (na Capital) ou qualquer outro em que se entre de graça.”