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Prestes a deixar PCdoB, Eder estuda futuro político

Vereador de S.Caetano acerta saída amigável da legenda comunista para não perder vaga na Câmara

Júnior Carvalho
Especial para o Diário do Grande ABC
01/04/2014 | 07:00
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O vereador de São Caetano Eder Xavier está prestes a deixar o PCdoB. A fim de trocar de legenda sem correr o risco de perder a vaga no Legislativo por conta da Lei de Fidelidade Parditária, o ainda comunista negocia saída amigável com a cúpula nacional da legenda.


O parlamentar limitou-se a dizer que ainda “não há nada definido”, mas não negou manter conversas com outros partidos. “Dentro de uns dez dias deveremos decidir (sobre o futuro político)”, afirmou.
Eleito pelo PCdoB com 1.247 votos, Eder tem como possíveis abrigos legendas como PSB, PSD e o PMDB, do prefeito Paulo Pinheiro.


Mas a aproximação de Eder com o PMDB não está relacionada apenas ao compromisso do parlamentar com o chefe do Executivo são-caetanense. O comunista é simpático ao projeto do presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB), de disputar o Palácio dos Bandeirantes em outubro. Nesse contexto, o PSB seria alternativa caso a legenda socialista aceite compor como vice na chapa de Skaf.

TROCA DE PARTIDO
São Caetano é a segunda cidade do Grande ABC com maior número de parlamentares que trocaram de partidos nos últimos anos. Em 2013, com a criação do Pros e do Solidariedade, três vereadores mudaram de legenda em plena vigência do mandato. Então petebistas de longa data, Paulo Bottura e Jorge Salgado aderiram à legenda de Paulinho da Força. Eleito pelo PDT para seu primeiro mandato, Cidão do Sindicato também filiou-se ao partido.


Na legislatura passada (2009-2012), dois vereadores de São Caetano perderam o mandato por trocar de partido sem justificativas legais: Maurílio Pompílio, que foi do PV para o PPS, e Gilberto Costa, que deixou o PP para integrar ao PTB – hoje é filiado ao PEN. Em 2008, Moacyr Rodrigues teve mandato cassado por trocar o PMDB pelo DEM – hoje no PSDB, foi o primeiro caso de punição por infidelidade partidária no Grande ABC.


No caso de Eder Xavier, apesar de tratar com o PCdoB, o Ministério Público Eleitoral e o primeiro suplente José Quesada (PMDB) podem entrar com ação pedindo sua cadeira.
 




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