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Número de famílias endividadas cai em junho
Gilmara Santos
Do Diário do Grande ABC
07/07/2012 | 07:17
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As famílias estão conseguindo estabilizar seus orçamentos. É o que revela a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) realizada pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) e divulgada ontem. De acordo com o levantamento, o percentual de endividamento caiu para 48,7% em junho, o que equivale a 1,75 milhão de famílias. O número é 4,5 pontos percentuais menor do que o registrado em maio (53,2%). Porém, o universo ainda está acima do apurado em junho do ano passado, quando 46,9% das famílias paulistanas tinham alguma dívida.

A assessora econômica da Fecomercio-SP Fernanda Della Rosa considera que o nível de débitos vai entrar agora em fase de acomodação e estabilidade. Ela lembra que no início deste ano houve comportamento atípico em relação às compras. "A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e os incentivos ao consumo levaram o consumidor a adquirir mais e, consequentemente, houve maior endividamento e alta da inadimplência", diz.

Fernanda pontua que historicamente há queda nas contas nos meses de março e abril. Isso porque o trabalhador já gastou com as compras para festas e despesas do início do ano. "Mas não foi isso que aconteceu neste ano. O endividamento subiu 10 pontos percentuais de fevereiro para março. Foi um movimento atípico", afirma.

Para este mês, a especialista espera redução no indicador. "Há alguns resquícios ainda do IPI e do início do ano, mas deve cair ou se estabilizar", declara. A prorrogação do imposto reduzido para linha branca e móveis e o benefício fiscal para automóveis, porém, pode ser uma tentação para os consumidores, mas a expectativa para o Natal é positiva.

De acordo com o levantamento, 60,9% das famílias têm contas que duram até seis meses. "Considerando isso, temos grande percentual de consumidores que não terão mais dívidas até o Natal e poderão consumir na data", revela.

Para Fernanda, o nível de endividamento brasileiro não é motivo de preocupação e há condições para que os trabalhadores honrem seus pagamentos. A geração de emprego, que segue aquecida, e a renda em alta são fatores que dão tranquilidade à economia nacional. Além disso, o consumidor já teve nível de endividamento bem maior do que o registrado atualmente. Em abril de 2004, por exemplo, atingiu a 72% das famílias.

 

 




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