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Prefeito afirma que Mauá pode ter novas demissões
Por Renan Cacioli
Do Diário do Grande ABC
03/11/2005 | 08:29
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O prefeito interino de Mauá, Diniz Lopes (PL), disse nesta quarta-feira que deve fazer novos cortes de funcionários para tentar equilibrar as finanças do município por conta do confisco de R$ 6,6 milhões da receita. “Talvez tenha mais ainda. Dessa vez, nós demitimos 47 (servidores), e o quanto eu puder enxugar a folha de pagamento enxugarei. Não tem jeito. Infelizmente, tivemos de fazer isso daí”, lamentou Diniz. “As exonerações são de acordo com o confisco. Uma coisa está relacionada à outra.”

Diniz não adiantou quando ocorrerão os novos cortes. “Não tem nada definido. Pode ser daqui a 15 dias, um mês. Será de acordo com o andar da administração. A Prefeitura só vai contar com o necessário.” O prefeito vai se reunir nesta quinta-feira com alguns secretários para definir os novos rumos do governo depois do seqüestro judicial de receita. Por enquanto, a única certeza é a necessidade de aperto nos gastos e uma conseqüente interrupção em obras e projetos de investimento. “Vamos parar tudo que for necessário. Não se inicia nada novo, deixaremos tudo para o ano que vem. Vamos enumerar algumas prioridades do governo e esperar janeiro chegar para retomar o investimento na cidade”, afirmou Diniz

Outra dúvida é em relação ao 13º salário dos seis mil servidores que, a princípio, terão a folha de pagamento garantida. “Não tenho certeza se vou conseguir. Só na quinta-feira, na reunião com os secretários, é que vou saber a porcentagem de probabilidade de não atrasar o 13º”, disse o prefeito, que já prevê reclamações da população sobre alguns serviços – na área da saúde, principalmente – que estão com suas verbas no limite. “O que me dá dor de cabeça é que a população, amanhã ou depois, fica na falta de determinados serviços públicos mas nunca vai entender a situação que eu estou passando na Prefeitura.”

Sem retaliação – Diniz garante que a exoneração de 17 funcionários na última sexta-feira (no grupo de 47), que seriam ligados à família de Leonel Damo e sua filha, a vereadora Vanessa Damo, não foi uma forma de retaliação pelo rompimento da parlamentar com a base de sustentação do governo. “Muitos comissionados têm relação com a família Damo. Ou é amigo, conhecido. Não tem nada a ver”, ressalta o prefeito ao afirmar que os nomes dos demitidos não são escolhidos diretamente por ele. “Cada secretário é que toma atitude na sua secretaria. Eu só determino que seja feito o corte, porque preciso enxugar a folha”, explicou Diniz.

O prefeito interino não criticou a declaração de Leonel Damo, segundo o qual Diniz “dispensa gente todos os dias”. “Temos 6 mil funcionários. Em qualquer empresa que tenha esse número de servidores, a dispensa de um ou outro durante a semana é normal.”




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