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Indústria de cosméticos cresce e dribla crise financeira no País
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
20/07/2009 | 07:10
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A crise financeira mundial, que assombrou diversos setores no fim de 2008 e início deste ano não fez com que as vendas dos itens de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos caíssem. Pelo contrário. De janeiro a junho, o crescimento dessas vendas foi estimado em 18%, ante o mesmo período de 2008, segundo a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos).

Apesar de não ser definitivo, "o resultado no fim do ano poderá ser ainda maior", afirmou o presidente da associação (que congrega empresas, as quais representam 90% da produção nacional), João Carlos Basilio.

No Grande ABC, o cenário não se mostra diferente. Segundo o Polo de Cosméticos de Diadema, que congrega 70 empresas da região, o primeiro semestre apontou crescimento de 5% nas vendas.

O diretor comercial da I.B.A, de Diadema, fabricante aerossóis, Amauri Albiero, explicou que o setor de cosméticos foi o único que permaneceu estável, com resultados positivos. "A crise quase passou despercebida pelo nosso setor. Evidentemente, algumas empresas sentiram queda nas vendas, mas logo se recuperaram."

O presidente da Abihpec mencionou que o resultado é fruto de três fatores:o não comprometimento da renda do trabalhador, bem como de seu crédito. Além disso, esses itens são de uso diário da população, de primeira necessidade. Outro ponto é que. o setor continuou a investir na melhoria dos produtos e em lançamentos.

Há 15 anos instalada em Diadema, a empresa Arte dos Aromas, especializada em produzir cosméticos orgânicos e naturais, decidiu abrir novos mercados para exportação durante a crise, além de buscar uma certificadora francesa para os itens. "Dessa forma criamos um diferencial tanto para o mercado interno como o externo", citou Geysa Rosa Belém, diretora comercial da companhia.

Outro exemplo é a Di Larouffe, também com 15 anos de mercado. A empresa que representa itens de cosméticos, perfumaria e maquilagem lançará cerca de seis produtos neste semestre. "Sentimos os efeitos da crise, mas estamos recuperando as vendas desde maio. Por isso, não deixamos de investir", disse Janete Paulina da Mota, diretora comercial da empresa de São Bernardo.

Para os próximos meses a expectativa é ainda melhor. "Como tradicionalmente o segundo semestre traz aceleração no ritmo de vendas, tudo indica que neste ano o crescimento real (descontando a inflação) do setor será de 11% ou até maior", disse o presidente da Abihpec.

"O início do ano estava devagar, mas vem adquirindo velocidade, especialmente a partir dos meses de abril e maio. Apostamos em crescimento de 10% a 12% neste segundo semestre", declarou o diretor comercial da Valmari, de Diadema, Silvestre Resende Mendonça.

Segundo dados da Abihpec, em 2008 o setor faturou em vendas R$ 21,7 bilhões e apresentou 10,6% de crescimento em relação a 2007. Coincidentemente, a média de crescimento anual real nos últimos 13 anos foi de 10,6%.




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