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Alteraçao da Lei Pelé nao preocupa Parmalat
Por Do Diário do Grande ABC
21/05/2000 | 17:03
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A possível alteraçao da Lei Pelé, que tramita em Brasília, que permitiria que um mesmo patrocinador controle dois times de futebol - um no grupo de elite e um na Segunda divisao -, nao será o argumento que fará a Parmalat voltar a despejar milhoes de dólares para fortalecer a sua co-gestao com o Palmeiras. E muito menos será essa a razao para a multinacional italiana desfazer o "casamento perfeito" que já dura oito anos como apostam diariamente alguns críticos e torcedores.

O diretor de futebol da Parmalat no Palmeiras, Paulo Angioni explicou que, segundo a sua leitura, a nova versao da Lei nao vai afetar em nada a estratégia da empresa. "Mesmo se ela (Lei Pelé) nao for alterada, é uma lei retroativa, o que nos permitiria continuar trabalhando com o Etti Jundiaí e com o Palmeiras, simultaneamente, já que os contratos com os dois clubes foram assinados antes da sua criaçao".

Para o dirigente, a estratégia adotada desde o início do ano, "de negociar ex-ídolos para dar mais espaços aos novos talentos", deu certo: "Fomos acusados de desmontar o time do Parque Antártica, de nao fazer investimentos, de estarmos saindo da parceria. Foram inúmeras polêmicas. Mas o que aconteceu foi justamente o contrário. Apoiamos uma nova geraçao de atletas e o resultado está aí", garantiu o Paulo Angioni, lembrando que o Alviverde conquistou o torneio Rio-Sao Paulo, classificou-se antecipadamente às semifinais do Paulista e está bem perto da vaga na Libertadores.

Ao comentar as notícias de um possível final da parceria entre a Parmalat e o time do Parque Antártica - o contrato vence em 31 de dezembro -, Angioni foi enfático: "Existem muitas especulaçoes, criadas desde a derrota para o Manchester em Tóquio, na decisao da Copa Intercontinental, em dezembro do ano passado. A verdade" segundo ele "é que o clube e a empresa resolveram apostar em um novo método de trabalho, diante da necessidade de enxugar e tornar o grupo mais coeso. O que nunca quis dizer que a Parmalat estivesse saindo".

Angioni foi categórico ao declarar que "quando a Parmalat decidir encerrar a sua parceria com o Palmeiras divulgará essa iniciativa com pelo menos seis meses de antecedência". E comentou também que caso contrário, o contrato será prorrogado automaticamente, "sem nenhum alarde, como já vem acontecendo desde 1992".
Quanto ao Palmeiras estar procurando novos parceiros como as poderosas Rede Globo e a empresa de marketing esportivo ISL, por exemplo , o dirigente explicou que "o relacionamento entre as duas diretorias (do clube e da multinacional) é muito transparente", garantindo que "o presidente Mustafá Contursi, está em busca de recursos para realizar o seu grande sonho de reformar e modernizar o estádio do Palestra Itália, e nao de um novo patrocinador para o seu time", concluiu.

O Palmeiras tornou-se uma das maiores forças do futebol mundial desde que assinou contrato com a Parmalat, em abril de 1992. Conquistou o bicampeonato Brasileiro (93 e 94), três títulos de campeao Paulista (93, 94 e 96), Copa Mercosul (98), Libertadores da América (99) e o torneio Rio-Sao Paulo em 93 e 2000.




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