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Concretista Lothar Charoux tem obra e vida revisitadas
13/02/2010 | 07:00
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Um estudo de nanquim sobre papel quadriculado, feito na década de 1950, que transmite leveza e rigor técnico é um dos trabalhos prediletos de Adriana Charoux, neta do artista concretista Lothar Charoux (1912-1987), um dos precursores desse movimento artístico no Brasil. "Parece que dá para pegar", descreve ela.

Assim, usando o lado afetivo e a importância histórica, foram selecionadas as 31 obras - o estudo em nanquim incluso - para a retrospectiva "Lothar Charoux: Entre Vida e Obra", em cartaz desde hoje na Caixa Cultural da Avenida Paulista, localizada no prédio do Conjunto Nacional, em São Paulo.

Natural de Viena, Charoux mudou-se para São Paulo em 1928 e, na década seguinte, estudou pintura no Liceu de Artes e Ofícios. Em 1952 ajudou a abalar o mundo das artes da época, fundando, em conjunto com os artistas Anatol Wladyslaw, Leopoldo Haar, Féjer, Geraldo de Barros, Luiz Sacilotto e Waldemar Cordeiro, o Grupo Ruptura. Surgia aí o movimento concretista, que opunha-se tanto à arte figurativa quanto à arte abstrata.

"A obra dele se caracteriza pelo uso magistral da linha, elemento básico que ele articula muito bem", afirma Maria Alice Milliet, curadora da mostra e autora do livro "Lothar Charoux, A Poética da Linha".

Além de estudos de nanquim sobre papel, também compõem a mostra documentos, fotografias, cartas, guaches sobre papel, óleos sobre tela, acrílicas sobre tela, serigrafias sobre papel e protótipos de objetos. Junto com a exposição, também deve entrar no ar um site dedicado ao artista austríaco (www.Lotharcharoux.com.br).

Lothar Charoux: Entre Vida e Obra - Exposição. Na Caixa Cultural - Galeria da Paulista. Avenida Paulista, 2.083, São Paulo. De hoje a 21 de março. Ter. a sáb., das 9h às 21h; dom. e feriados, das 10h às 21h. Entrada franca.




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