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Duhalde adverte sobre riscos de 'guerra civil' na Argentina
Das Agências
29/12/2001 | 13:09
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O senador oficialista Eduardo Duhalde advertiu neste sábado para o risco de uma "guerra civil" na Argentina, após o levante popular que tomou as ruas do país na noite de sexta-feira e madrugada deste sábado.

"Eu tenho sustentado há muito tempo que o último estágio depois da recessão e a depressão é a anargquia e o caos; e eu temo atos muito violentos, uma espécie de guerra civil na Argentina", acrescentou o senador peronista (Justicialismo, governo) em declarações à radio Mitre, citadas pela agência local DyN.

Para mobilizar o descontentamento social, Duhalde - que foi vice-presidente de Carlos Menem durante seu primeiro mandato (1989-99) - pediu pela "busca de uma solução" ao problema dos poupadores que não podem dispor de seus fundos devido às restrições impostas desde 3 de dezembro aos saques de dinheiro em efetivo.

Buenos Aires viveu a madrugada deste sábado novo panelaço em massa protagonizado por setores da classe média indignados com essa medida e pela presença do governo de Rodríguez Saá de funcionários acusados de diversos atos de corrupção.

Uma das personalidades mais questionadas, o assessor do gabinete Carlos Grosso, apresentou sua renúncia, que foi aceita para "descomplicar a situação".

Grosso foi objeto de várias denúncias de corrupção quando era prefeito de Buenos Aires, de 1989 a 1991, durante a primeira presidência do peronista Carlos Menem.

O protesto de sábado derivou de violência, quando a polícia saiu às ruas para reprimir grupos de jovens que faziam fogueiras na rua da Casa do Governo e que conseguiram entrar no Congresso, provocando sérios estragos.

Doze policiais ficaram feridos nos enfrentamentos, indicou a polícia, sem dar dados acerca de feridos entre os manifestante.

Os argentinos protagonizaram um levantamento geral nas últimas quarta-feira, 19, e quinta-feira, 20, que forçou a renúncia do presidente radical Fernando de la Rúa e no qual morreram 30 pessoas.




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