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Sharon diz que garantirá a paz dos israelenses
Da AFP
08/06/2003 | 17:21
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O premiê israelense, Ariel Sharon, afirmou neste domingo que "garantirá paz e segurança" ao seu povo, durante um discurso na convenção de seu partido, o Likud (direita), em Jerusalém, quatro dias depois da reunião de cúpula tripartite de paz em Ácaba (Jordânia). "Quero manter minha promessa eleitoral. Trarei a paz e a segurança", frisou Sharon a uma multidão de membros de seu partido.

O mapa da paz, o plano internacional que prevê a criação de um Estado palestino em 2005, figura na ordem do dia desta convenção, na qual participam 3 mil membros do partido. Esta convenção é a primeira realizada desde a vitória do Likud nas eleições legislativas israelenses de 28 de janeiro passado.

O governo de Sharon adotou o mapa da paz com reservas, mas o Likud está dividido, tendo uma corrente radical que critica esta decisão.

Segundo Sharon, "o que não conhece a dor de fazer concessões não pode conseguir uma paz verdadeira". Em meio a vaias, Sharon disse que o "mapa da paz" para o Oriente Médio pode ser ao mesmo tempo benéfico para a segurança de Israel e sua economia.

"Nos vimos obrigados a tomar uma série de decisões difíceis (...) num curto espaço de tempo", acrescentou Sharon ante os membros da convenção, muitos portando cartazes com palavras hostis ao "mapa da paz", ao qual chamaram de "mapa das ilusões".

"Em nossas declarações públicas e durante nossas entrevistas privadas, expressamos nosso compromisso de avançar juntos no caminho da paz compartilhando a idéia de que o terrorismo deve cessar e ser erradicado do país", acrescentou. Declarou em seguida, no entanto, que Israel nada dará aos palestinos enquanto o governo de Abbas não tomar "medidas firmes contra o terrorismo".

"Nada daremos enquanto o terrorismo, a violência e a incitação (à violência) continuarem. Mas estamos dispostos a fazer concessões muito dolorosas para obter a segurança e alcançar uma paz verdadeira", acrescentou.

Também repetiu que nenhum refugiado palestino regressará a Israel, "nunca". "Fui claro no passado e o repeti em Ácaba: a questão dos refugiados palestinos não pode ser resolvida em território israelense", destacou, estimando que "o governo americano compreende muito bem a ameaça que representa o regresso dos refugiados palestinos para a existência do Estado hebreu".




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