Mesmo com chuva, os integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) continuam acampados em frente ao prédio onde fica o apartamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo.

Agora, sete pessoas estão acorrentadas umas nas outras para protestarem o despejo (previsto para daqui 14 dias) de 1.400 famílias, que ocupam um terreno em Sumaré, interior de São Paulo, onde permanecem há 8 meses.

"O grupo - formado por 150 integrantes do movimento - irá permanecer aqui até que alguma proposta seja feita. Somos contra a iminente reintegração de posse dessa área", abreviou um dos coordenadores estaduais do MTST, Zezito Alves da Silva, também chamado pelos demais de Juarez.

O dirigente informou que na sexta-feira o presidente do PT (Partido dos Trabalhadores) de São Bernardo voltou ao local e disse que já encaminhou a pauta de reivindicação para a assessoria do presidente da república e para a sede nacional do PT. "Estamos aguardando alguma proposta. Já que o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida não inclui nossa classe precisamos ter pelo menos o direito a terra para morarmos", contestou Zezito.

Hoje, às 17h, haverá um ato político no acampamento com a presença de pessoas que apóiam a iniciativa. O grupo já ocupa o local desde quarta-feira.