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O que vale para SP não vale para a região
Por Raphael Rocha
Do dgabc.com.br
18/01/2020 | 07:00
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No ano passado, quando sepultou a Linha 18-Bronze por monotrilho, que ligaria o Grande ABC ao sistema metroviário da Capital, o governo do Estado, baseado em estudo capitaneado pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, alegou alto custo da obra. O contrato de PPP (Parceria Público-Privada), assinado em 2014 sob valor de R$ 4,26 bilhões, chegaria a R$ 6 bilhões, em valores atualizados, dinheiro esse que Baldy argumentou que o Palácio dos Bandeirantes não dispunha. Ontem, porém, o governador João Doria (PSDB) convocou jornalistas para dizer que vai retomar o projeto de expansão da Linha 2-Verde, que atualmente liga a Zona Leste da Capital à Vila Madalena. A ideia é conduzir o ramal até o bairro da Penha, na Zona Leste. O custo da obra? Os mesmos R$ 6 bilhões que eram caros demais para conectar o Grande ABC ao Metrô paulistano. A demanda da região por Metrô – escancarada em 100 dias de campanha feita pelo Diário – fica só a cargo da Linha 20-Rosa, que foi resgatada pelo Estado, mas sequer tem prazo de início de obras, pois ainda é necessário formular estudos.

Volta à casa – 1
Ex-vereador, ex-presidente da Câmara de Santo André, ex-deputado estadual e ex-deputado federal, Vanderlei Siraque (PCdoB) está muito próximo de retornar ao PT. Embora ele tenha dido que seu objetivo era fortalecer o PCdoB, sigla à qual se filiou em 2017 e por onde foi candidato a deputado estadual sem sucesso em 2018, Siraque já tem confidenciado a aliados que vai voltar para o petismo e será um dos postulantes da sigla por uma vaga na Câmara de Santo André neste ano.

Volta à casa – 2
O regresso de Vanderlei Siraque (PCdoB) ao PT deve causar rebuliço entre filiados. Quando o partido fechou questão a favor da vereadora Bete Siraque (PT), mulher do ex-deputado, para ser prefeiturável em Santo André neste ano, houve um acordo tácito de que Siraque seria candidato por outro partido para que os candidatos petistas à vereança tivessem chance no pleito. Com Siraque na chapa, é quase certo que uma das cadeiras é dele. Além disso, está na disputa o ex-prefeito Carlos Grana.

Bênção
O vereador Jorge Kina (PSB) e o suplente Marcos da Farmácia (PSB), ambos de Santo André, foram nesta semana ao gabinete do deputado estadual Caio França (PSB), filho do ex-governador Márcio França (PSB), na tentativa de reverter a decisão do presidente do partido na cidade, o ex-vereador Ailton Lima, que não dará legenda à dupla na eleição deste ano. Caio prometeu a ambos que iria tentar contornar a situação, mas, em episódios anteriores, confirmou que Ailton chegou à legenda com carta branca para conduzir os trabalhos no município.

Filiações
Assessor do deputado federal Eduardo Bolsonaro (sem partido), Paulo Chuchu, coordenador da futura sigla Aliança pelo Brasil, diz que a campanha de filiação feita em São Bernardo na semana passada resultou em 500 assinaturas – a meta era obter 300. A legenda está em fase de criação para acolher o presidente Jair Bolsonaro e seu clã. Há pressa, para que o partido possa disputar a eleição neste ano.

Climão – 1
Os prefeitos de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), e de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (Cidadania), brigaram há alguns anos. Maranhão reclamou da postura do tucano, deixou o PSDB e se aliou a adversários de Morando. E o clima parece estar longe de acalmar entre os dois. Um episódio aconteceu nesta semana, na primeira reunião do ano no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC.

Climão – 2
Novo presidente do Consórcio Intermunicipal, Gabriel Maranhão (Cidadania) fez questão de convidar o deputado estadual Thiago Auricchio (PL), de São Caetano, para participar da assembleia de prefeitos. Muitos se questionaram onde estava Carla Morando (PSDB), outra deputada estadual com boa aproximação com a atual leva de gestores. Ela, porém, não foi convidada por Maranhão. 




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