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No Carnaval, região não terá desfiles pelo quarto ano seguido

Prefeituras, porém, garantem atividades gratuitas voltadas para a data; escolas destacam prejuízos

Por Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
11/01/2020 | 05:00
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Nario Barbosa/DGABC


 O Grande ABC não terá desfiles no Carnaval em 2020, quarto ano consecutivo em que as administrações optam por não promover a festa. Desde 2017, a justificativa é a de que o valor que seria gasto no evento tem sido aplicado em áreas prioritárias. Contudo, as administrações garantem a realização de outras atrações no feriado de 25 de fevereiro. 

A Prefeitura de Santo André afirmou que não irá disponibilizar verba pública para desfiles visando reduzir “os gastos públicos e utilizar os recursos para investimentos”. O município terá atividades voltadas para a data, porém, a programação não foi definida.

Em São Bernardo, a Prefeitura manteve a postura adotada desde 2017 e não irá repassar recursos para a organização das escolas de samba para realização do Carnaval. Na cidade, haverá blocos e festas temáticas em espaços culturais, ainda sem agenda definida. 

Em São Caetano e Ribeirão Pires, as administrações assinalaram que agenda de eventos temáticos gratuitos está em fase de elaboração, mas confirmaram que não farão desfiles. 

Diadema informou apenas que não terá Carnaval promovido pelo poder público. Mauá e Rio Grande da Serra não responderam até o fechamento desta edição.

ESCOLAS DE SAMBA

A Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba de Santo André), que tem sete agremiações filiadas, chegou a arrecadar R$ 2 milhões com a iniciativa privada para realizar desfile. Mesmo assim, a festa não foi autorizada. “A Prefeitura não conversa com as escolas e com as ligas, ela não tem interesse, mas nós ainda acreditamos no Carnaval com investimento privado”, assinalou Emerson Ceccato, presidente da entidade.

Segundo Hamilton de Paula, vice presidente da Uesa (União das Escolas de Samba de Santo André), representante de sete agremiações, as escolas de samba não conseguiram acordo com a Prefeitura, uma vez que o molde proposto por eles atende às agremiações. “Temos escolas com até 30 anos de tradição e não é justo que elas retornem ao Carnaval como blocos depois de toda luta para se tornarem escolas.”

Sem a perspectiva de retomada nos desfiles, algumas escolas de samba, como a Lírios de Ouro, da Vila Vitória, em Santo André, já separam materiais de antigos carros alegóricos e fantasias para doação. Além disso, pelo menos 100 empregos deixam de ser gerados por agremiação. 

A Liesa e a Uesa farão eventos, porém, o cronograma está sendo definido. Principal atividade será em 15 de fevereiro.




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