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Joia do Santo André vai jogar torneio nos Estados Unidos

Armadora de 14 anos cai nas graças de olheiro da NBA e se prepara para viajar para Orlando

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
01/07/2019 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Há seis meses, Marcella Prande era uma garota de 14 anos que vivia na pacata cidade de Araçatuba, no Interior. Atuava em liga quase amadora de basquete e em pouco tempo viu sua vida se transformar. Passou na peneira do Santo André e, em três partidas no Campeonato Paulista, ganhou destaque. Agora está prestes a jogar nos Estados Unidos.

A vida da armadora começou a mudar quando sua mãe, a ex-jogadora Márcia Prande, aceitou o desafio de suportar a distância da filha e a trouxe para fazer teste no Santo André. Com 1,83 m e desenvoltura impressionante, ela agradou não só a comissão técnica andreense como um olheiro da NBA, a liga norte-americana, que a convidou para participar de avaliação em São Paulo com outras 14 meninas de Brasil, Porto Rico, Argentina, Uruguai, Jamaica e Trinidad e Tobago. Marcella ficou entre as dez escolhidas e será uma das cinco brasileiras que vão viajar para Orlando, de 6 a 11 de agosto, para representar a América Latina em campeonato contra selecionadas dos outros continentes.

Tímida, ainda tentando assimilar tantas mudanças, Marcella assume que não esperava que pudesse viver o sonho de ir jogar nos Estados Unidos. “Foi tudo rápido. Fiz o teste e passei. Não esperava”, diz a jogadora, que vai para Orlando com muita expectativa. “Vou dar o meu melhor, como sempre. O time é forte e tenho certeza de que podemos ir bem neste torneio”, projeta.

O Campeonato Paulista é a primeira competição da armadora como federada e em três jogos é a cestinha da categoria sub-14, com 23,67 pontos de média por partida. Ela ainda está se acostumando com a pressão de decidir boa parte dos ataques. “Aqui a responsabilidade é muito grande. Tem de ter foco nos treinos, ter a cabeça no lugar para fazer as coisas certas. Tem muito trabalho emocional envolvido”, explica.

Pela sua altura e qualidade, Marcella também está jogando a competição sub-15 e em dois jogos tem média de 7,5 pontos. “Estamos colocando ela no sub-15 para ir pegando mais experiência, jogar contra meninas mais fortes, isso vai ser importante para a carreira dela”, prevê a coordenadora das categorias de base andreense Arilza Coraça, que também é a treinadora da equipe sub-14.

Marcella, que tem na mãe e na tia, que também foi jogadora, as principais inspiradoras, se espelha nos grandes nomes da modalidade, como Hortência, Paula e Janeth. Mas diz que está aprendendo muito ao lado de Arilza. “Aqui evolui muito, principalmente na defesa. Reconheço o que ela tem feito por mim. A defesa nunca foi uma preocupação minha e agora estou aprendendo”, assegura a jogadora.

Além do torneio nos Estados Unidos, Marcella recebeu outra grande notícia. Ela foi convocada para integrar a Seleção Brasileira sub-14, que se prepara para o Sul-Americano da categoria sem data e local definidos. 




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