Palavra do Leitor Titulo
O BBB, os costumes e a sociedade

Depois de mais de uma década de discutível repercussão, o Big Brother Brasil...

Por Dgabc
23/01/2012 | 00:00
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Artigo

Depois de mais de uma década de discutível repercussão, o Big Brother Brasil virou caso de polícia. O negado estupro de vulnerável, que motivou a expulsão de um participante, causa a investigação e chama para a tardia avaliação dos órgãos reguladores dos meios de comunicação e do Ministério Público, quanto à veiculação de imagens e cenas inadequadas. Se for ver as edições anteriores do programa, certamente nelas restarão arranhados os costumes, a moral e os bons princípios, mas precisou ocorrer algo mais grave para chamar a atenção.

A grande guerra pela audiência e - evidentemente - pelos milhões recebidos dos patrocinadores levou o programa simplesmente a ousar. Comportamentos polêmicos passaram a fazer parte do dia a dia da casa sem que, pelo menos aparentemente, seus controladores se preocupassem em não escandalizar o telespectador e/ou internauta. Pelo contrário, certos costumes e transgressões ganharam destaque que pareciam fazer parte do objetivo do programa. A TV, concessão pública, em vez de retratar a realidade das pessoas, parecia buscar a vanguarda dessa realidade e, até, optar por potencializar questões polêmicas.

Enquanto buscou mostrar as dificuldades de adaptação, as questões inerentes ao confinamento prolongado e as figuras humanas que entravam no jogo, o BBB chegava a ser até inocente entretenimento familiar e porta de entrada ao estrelato. Mas quando, deliberadamente, passou a potencializar a bebedeira, o sexo livre e outras questões ainda não bem digeridas pela sociedade, caiu na vala perigosa da difusão de acontecimentos insólitos e até insultuosos.

As luxuosas festas que a 'casa' coloca no ar têm sido grande contradição à campanha antialcoolismo que o governo e a sociedade tentam empreender. O quadro de costumes inserido na relação entre os participantes massifica para toda a comunidade comportamentos restritos a grupos e particularmente mantidos em discrição pelos próprios praticantes. Qual a contribuição que um programa como esse traz à cultura e ao avanço da sociedade? Não somos favoráveis à censura, mas o bom-senso é indispensável.

No passado, o esteriótipo do galã de cinema e a publicidade induziram a sociedade mundial a fumar e a beber. Hoje se investe elevadas somas para corrigir o erro do passado. Será que futuramente não ocorrerá o mesmo em relação aos ‘valores' que os importados reality shows hoje exibem? É preciso pensar nisso.

Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente e dirigente da Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo.

PALAVRA DO LEITOR

Violência

Entre todas as coisas feias que o ser humano faz, a mais vergonhosa é a de se apropriar do que não lhe pertence. A começar por essa classe política que se apropria do erário para suas contas pessoais, sempre em parceria com empresários desonestos. E - por que não dizer? - dos pobres, que além de se apropriar do dinheiro e bens dos outros, por via de regra ainda lhes tira a vida. E a natureza, que tem sido devastada de forma irresponsável por gananciosos para acumular fortuna? O que se leva desta vida? Nada! Esse saque para acumular fortuna é possível ver na população brasileira. Felizmente esta não é a regra, mas a continuar nesse caminho, será.

Antonio Carlos Guertas, São Bernardo

Baldeação, não!

No dia 9 enviei e-mail ao deputado Orlando Morando pedindo dele posição sobre o baldeação dos nossos trens no Brás, uma vez que ele é um dos representantes do Grande ABC e transporte aparece como uma de suas plataformas, ou prioridades. Não recebi qualquer resposta. Neste Diário vi o Artigo do deputado (Grande ABC no caminho certo, dia 16) e confesso que quando o li, não falando sobre a ‘baldeação', senti muita raiva, por ver quantos votos demos ao deputado e outros para não atenderem aos moradores da região. Parece que o deputado sequer ouviu falar, pois não se posiciona sobre o fato. O Expresso Tiradentes poderia ter seguido pelo Rio Tamanduateí, como no trecho inicial, chegando ao Grande ABC. Acho que não fazemos parte da Região Metropolitana. Que venha mesmo o Metrô Leve, previsto para 2014, ano de eleições, e que a ‘baldeação' no Brás acabe ainda neste ano!

João Antônio de Oliveira, Santo André

Imposto de Renda

Tive R$ 11.562,48 descontados de Imposto de Renda ao longo de 2011, atingido porque, objetivando apenas a construção de minha casa, desde 2009 faço hora extra praticamente sem cessar. Também contraí cinco empréstimos consignados e financiamento, este no valor de R$ 900; pago também igual valor de carro financiado e, inclusive, estou com o IPVA atrasado. Obsta acrescentar que várias vezes me vi obrigado entrar no cheque especial. Se não tivesse brutal desconto, não teria tantas dívidas e teria conseguido ao menos fazer parte do acabamento interno e colocação de piso. Recado ao governo: economia perene e sustentável só se assegura ao alavancar o consumo cíclico com justa redução das altas taxas de juros na cadeia do consumo e em impostos progressivos como o IR, eliminando, dentre alguns outros impostos, o mais absurdo: o IPVA.

José Lenes Sousa Santos, São Bernardo

Resposta

Em resposta à carta do leitor Lúcio Elias Pereira (Santo André, dia 17), a Prefeitura de Santo André informa que o valor citado por ele (R$ 32 milhões) corresponde a todo o orçamento da Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, incluindo salários de funcionários e todas as despesas dos diferentes departamentos. Em 2011, o valor destinado especificamente às modalidades do esporte competitivo - como vôlei e judô, citados pelo leitor - foi de R$ 1,941 milhão. A mesma cifra será aplicada no ano de 2012. A Prefeitura de Santo André esclarece, ainda, que a solicitação feita por Lúcio Elias Pereira junto à praça de atendimento foi respondida e ficou disponível ao munícipe, que ainda não se apresentou para tomar ciência do processo.

Prefeitura de Santo André

Praga urbana

O que temos visto nas últimas semanas pela TV e outros meios de comunicação é o retrato da degradação de seres humanos convivendo no meio do lixo, rato, barata e droga, muita droga e violência. Para quem é pai é situação desanimadora e frustrante ver o futuro dos dependentes químicos da Cracolândia. Abordagem de policiais não apenas delimitou a ser repressiva como também desordenada. Isso porque, se antes a distribuição de droga era concentrada em um local, agora os diversos dependentes e traficantes se espalharam para todos os lados do centro da cidade, assim agravando a sensação de insegurança aos munícipes e aos moradores daquela região. A São Paulo que completa 458 anos de sua fundação, dia 25, merecia ser melhor tratada por seus governantes. Os usuários dessa verdadeira praga urbana, arma química chamada crack, que mata um pouco a cada dia, estão doentes e precisam de ajuda imediata, social e de saúde.

Turíbio Liberatto Gasparetto, São Caetano




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