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PF abre inquérito e fecha cerco contra Agaciel Maia
11/07/2009 | 07:18
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Um mês depois da revelação da existência de atos secretos no Senado, o cerco se fechou ao ex-diretor-geral Agaciel Maia, apadrinhado pelo presidente José Sarney (PMDB-AP). A Polícia Federal já identificou, em uma análise preliminar, pelo menos um crime na edição dos boletins sigilosos: a inserção de dados públicos falsos no sistema de informação da Casa.

A pena, em caso de condenação, varia entre de 2 a 12 anos de prisão. A PF suspeita ainda de formação de quadrilha e busca elementos nesse sentido. Outra missão estabelecida pela polícia é encontrar funcionários fantasmas entre as nomeações secretas nos últimos anos e, em cima disso, detectar se houve desvio de salários dentro do Senado envolvendo essas pessoas.

O inquérito para apurar os boletins sigilosos foi aberto na quinta-feira pelo delegado Gustavo Buquer, o mesmo que conduz a investigação sobre o esquema de créditos consignados no Senado. A investigação vai durar, no mínimo, 60 dias. A iniciativa da PF foi uma resposta ao pedido do Ministério Público Federal, que apontou ainda os indícios de corrupção passiva, peculato e prevaricação na prática de esconder decisões administrativas da Casa.

Na esfera civil, o MP vai propor nas próximas semanas uma ação por improbidade contra Agaciel e João Carlos Zoghbi, ex-diretor de Recursos Humanos. Essa investigação é conduzida pela procuradora Anna Carolina Resende. Ela já ouviu alguns servidores do Senado, entre eles Franklin Paes Landim, chefe de publicações de boletins administrativos do Senado.

Ele entregou à procuradora alguns dos e-mails de Celso Antonio Menezes determinando a não publicação de atos administrativos. Menezes era chefe de gabinete de Agaciel. O conteúdo dos e-mails é sucinto: os arquivos anexados e a recomendação "não circular".




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