Política Titulo Contabilidade reprovada no TCE
Volpi vê desvantagem em votação de contas na Câmara

Para ex-prefeito de Ribeirão, vereadores novos não acompanharam percalços de sua gestão

Por Felipe Siqueira
Especial para o Diário
17/05/2017 | 07:00
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Ex-prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (sem partido) busca entendimento de vereadores de primeiro mandato para poder fazer sua defesa à Câmara, que deve analisar ainda neste mês parecer contrário ao último ano de sua gestão emitido pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado). Caso o Legislativo mantenha a orientação da Corte, Volpi ficaria inelegível.

“Eu me considero em desvantagem (por conta de muitos novos parlamentares na Casa)”, argumentou o ex-prefeito, cuja gestão durou de 2005 a 2012. Ele avaliou que por conta de a Câmara ter vereadores de primeiro mandato dificulta sua defesa. Para o político, por não terem acompanhado seu governo do início ao fim, podem ter visão mais negativa que positiva.

“Quem conviveu comigo (na época) está mais receptivo. Acompanharam (a gestão). Os (parlamentares) novos têm mais dificuldade (para compreender seu ponto de vista). Não conviveram com o governo, não viram as dificuldades, torna-se difícil a compreensão deles”, opinou.

O prazo para a apresentação de defesa do ex-prefeito se encerra hoje. Mas Volpi pediu ontem ao presidente da Câmara, Rubão Fernandes (PSD), adiamento da data final. Na solicitação, o ex-prefeito quer mostrar sua argumentação até o dia 29. Mas, até agora, ele não sabe como irá fazer isso. As opções que tem são ir à tribuna livre, durante sessão, falar com os vereadores em uma reunião – pública, mas que não precisa ser durante sessão, como a tribuna – e defesa escrita, que seria apenas um documento, posteriormente analisado pela Casa.

Dois pontos são os que pesaram na decisão do TCE de dar parecer contrário às contas. Contratação de médicos em período eleitoral (três meses antes e três meses depois do pleito), fato que ele afirma ter tido respaldo judicial, pois tinha liminar que o permitia a contratação, e quantia em restos a pagar que deixou à próxima gestão, a de Saulo Benevides (PMDB), que à época estava em cerca de R$ 23 milhões.

A principal linha de defesa de Volpi é não ter dolo (intenção) nos dois pontos, algo que o próprio TCE alertou. 




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