A ousadia de um segurança do camelódromo de Santo Amaro, ao mexer com uma jovem, acabou resultando no assassinato dele, sábado, às 22h30. A vítima é Marcos Araújo, 27 anos, que trabalhava na Praça Salin Farah Maluf, onde se concentram os vendedores ambulantes do bairro.

Juntamente com o colega Edson Pires da Silva, 25 anos, Araújo deixou o local de trabalho e estava caminhando pela Rua Barao do Rio Branco, quando os dois avistaram um moça na porta de um bar. Ao se aproximarem, Araújo passou a mao nos cabelos dela, dirigindo-lhe um gracejo. Eles continuaram o percurso, até que, pouco depois, foram interceptados por dois homens num Monza roxo.

"Foi você que passou a mao nos cabelos da menina?", perguntou-lhe o homem que estava ao volante. Antes da resposta, ele apontou uma arma para os dois. Araújo desculpou-se, mas o homem - um mulato, de rosto liso, parcialmente calvo, com camisa e calça sociais - começou a atirar.

Os dois seguranças correram, e, ao chegar em frente do número 100 da Rua Santo André, Araújo caiu. Só entao Silva percebeu que ele estava ferido no braço direito e sangrava muito.

Carregando o colega, ele levou-o ao camelódromo, onde populares o socorreram à unidade do Plano de Atendimento à Saúde (PAS) local. De lá, Araújo foi removido ao Hospital Regional Sul, onde morreu.

A bala tranfixou o braço dele e o atingiu no lado do tronco, provocando hemorragia interna. Foi instaurado inquérito no 11º Distrito Policial (DP), onde Silva afirmou ser capaz de reconhecer o assassino, mas nao ter notado as características do outro homem que estava no Monza.

Num bar da Avenida Dr. Felipe Pinel, à altura do número 3.000, em Pirituba, na zona oeste, José Ferreira de Souza Neto, 39 anos, agrediu, com um golpe de faca no peito, Carlos José de Frana, 28, e feriu no braço direitro a mulher dele, Lúcia Mendonça Gonçalves, 37. Ele foi preso e autuado em flagrante no 33º DP - Vila Mangalot. Testemunhas contaram aos policiais que os dois homens estavam no bar, por volta das 22 horas, bebendo e discutindo, pois Souza Neto insinuou que havia tido um relacionamento amoroso com a companheira de Frana.

Revoltado, este foi em casa, acordou Lúcia e levou-a ao bar para que Souza Neto fizesse a mesma afirmaçao diante dela. Apesar de adimitir que havia mentido, Souza Neto apanhou uma faca de cozinha. Percebendo a intençao, Lúcia tentou impedir que ele atingisse o companheiro e foi ferida no braço. Um novo golpe e ele acabou acertando Frana.

O agressor fugiu para um matagal nas proximidades, enquanto a vítima era socorrida pelo proprietário do bar, ao pronto-socorro do bairro, onde morreu. Outras testemunhas que lá se encontravam saíram em perseguiçao a Souza Neto e conseguiram apanhá-lo no matagal. Elas entregaram-no a policiais militares que estavam nas proximidades e o assassino foi levado à delegacia, onde foi autuado em fragrante.

Sentado sobre uma mesa de bilhar, no bar da Rua Maria Cândida Ferreira, 564, no Parque Grajaú, zona sul, às 19h40 de sábado, Cláudio José Veríssimo dos Santos, 25 anos, foi abordado por dois rapazes que entraram no estabelecimento e, após breve discussao, um deles deu dois disparos com um revólver de calibre 38. O outro, descrito como sendo um jovem aparentando 17 anos, branco, de cabelos ruivos, e armado com uma pistola niquelada, passou a atirar também. Santos foi atingido por seis tiros, na cabeça, braço esquerdo, costas, nádegas e coxa direita. Morreu no local. A proprietária do estabelecimento, Nazareth Reinaldo Andrade, 50 anos , contou aos policiais do 85º DP - Jardim Mirna -, que só pode notar características desse agressor, pois o outro estava numa posiçao que a impedia de o ver. As investigaçoes desse homicídio estao por conta de agentes da equipe G/Sul do Departamento de Homicídios e Proteçao à Pessoa (DHPP).

Também na zona sul, na Rua Saturnino de Oliveira, próximo ao número 40, no Parque Santo Antônio, às 2h45, Marcelo Pereira de Abreu, 20 anos, foi encontrado morto com cinco tiros. Os mesmo agentes da equipe especializada do DHPP estao investigando esse homicídio, registrado no 92º DP.

Na zona leste, com um tiro na cabeça, Adevaldo Batista Conrado, 31 anos, foi executado, pouco depois de meia-noite, em frente do número 667 da Rua Sabbado D'Angelo, em Itaquera, a pouco mais de 400 metros da sede do 32º DP. Nao houve testemunhas desse crime e o delegado de plantao pediu acessoramento nas investigaçoes aos agentes da equipe G/Leste do DHPP. Até o amanhecer, nada tinha sido apurado sobre o assassinato.