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Peixe diz não ao Real e só admite liberar Robinho após a Copa
24/06/2005 | 08:52
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Afinal, o Santos recebeu nesta quinta a proposta do Real Madrid para levar Robinho. Os empresários Juan Figer e Wagner Ribeiro se reuniram com o presidente Marcelo Teixeira e deixaram o documento oficial para decisão do futuro do jogador. Mas o dirigente já avisou: quer o atacante vestindo a camisa do clube até a Copa do Mundo. Assim, o Santos pode até fechar o negócio com os espanhóis, mas não entregará o atleta quando terminar a Copa das Confederações.

“Recebemos a proposta oficial e vamos levá-la à nossa diretoria e parte do nosso conselho”, disse Marcelo Teixeira, garantindo que passou a posição do clube aos empresários e revelou que o constante noticiário sobre essas negociações chegou a desgastar o relacionamento entre os dois clubes.

Wagner Ribeiro procurou interpretar a declaração de Robinho na Alemanha, de que a situação iria se resolver nas próximas horas. “O Robinho é um garoto e aumentam muito o que ele fala. Disse que gostaria de jogar na Europa e isso ele não esconde de ninguém”. E comentou que ele se referia à proposta que foi entregue nesta quinta como a novidade das próximas horas.

Para o empresário, a situação é clara: se o Santos não aceitar a proposta do Real Madrid, Robinho vai acatar a decisão e cumprir seu contrato até o fim, isto é, até janeiro de 2008, quando será dono integral dos direitos federativos. Atualmente, o jogador tem 40% desses direitos e Wagner Ribeiro negou que já tivesse negociado sua parte com o clube espanhol. “O Robinho não vendeu nada e não pode fazer isso enquanto estiver com o contrato em vigor”, disse, acrescentando: “ele não pode vender 1% porque ninguém compra parte; ou compra tudo, ou não compra”.

Sem falar em valores, Wagner Ribeiro comentou que a proposta está muito abaixo da multa prevista para a rescisão contratual, de US$ 50 milhões, e que não há a mínima possibilidade de o Real Madrid depositar esse dinheiro para ficar com o atleta. “Isso é impossível porque o mercado não fala nesses valores”. Para Marcelo Teixeira, porém, “é uma cláusula de segurança para o clube e para o atleta”.

Wagner Ribeiro disse que não sabia qual seria a resposta de Marcelo Teixeira e comentou: “O Marcelo não quer vender o Robinho e isso é claro. Ele sempre disse isso, que pretende que o jogador fique o máximo possível no clube e a proposta apresentada está de acordo com o mercado. Não adianta querer dar valores absurdos, tem de ser feito de acordo com o mercado”.

Para afastar as especulações de que os pais de Robinho teriam viajado para a Espanha e que até mesmo já estavam morando na Europa, o empresário levou o passaporte dos dois. “Fiz isso para demonstrar que eles estão aqui e não é verdade que eles estiveram na Europa”.




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