Muitos carnavalescos não abrem mão da originalidade e elegem personalidades em evidência no cenário da política – nacional e internacional – para invadir os salões na forma de máscaras caricaturizadas. No ano passado, a moda era sair mascarado de Lula, presidente na época recém-eleito e empossado. Em 2002, o “convidado especial” era Osama Bin Laden, o terrorista saudita a quem meses antes fora atribuído a autoria dos atentados de 11 de setembro. Para 2004, a aposta é outro nome de origem árabe: o ditador iraquiano Saddam Husseim, com a barba e os cabelos crescidos – idêntico ao mostrado pela TV norte-americana durante sua captura.

Deolisse Fortes Mouri, proprietária da loja Rainha da Pelúcia, no Centro de Santo André, acredita que o fabricante se inspirou no programa Casseta & Planeta, Urgente!, exibido pela Rede Globo.

“Um dia desses vi um dos humoristas vestido de Saddam capturado. Havia até um piolho na cabeça dele”, disse a comerciante. Por conta disso, a máscara está exposta na vitrine da loja com um bicho de borracha entre os fios de cabelo embaraçado sobre a máscara do ex-ditador.

O preço do adereço ainda iria ser estipulado por Deolisse na semana passada. Anteontem, ela aguardava uma encomenda de 24 máscaras de Saddam Husseim. A loja também oferece um modelo com o rosto do ex-ditador anos mais jovem e com a barba aparada, que sai por R$ 4,90.

Vale lembrar que a mesma máscara animou o Carnaval de 1991, juntamente com a do então presidente norte-americano George Bush, por ocasião da Guerra do Golfo Pérsico.