Moradores do Morro da Samba, em Diadema, fizeram uma manifestação ontem, em frente à CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), na Capital, para pressionar pela regularização fundiária da ocupação. Uma comissão formada por três pessoas foi recebida, mas não obteve resposta. Uma nova reunião foi marcada para sexta-feira, às 15h.

Como o terreno onde as casas foram assentadas na década de 1990 é da CDHU, é necessário que a companhia assine um termo de cooperação com a Prefeitura de Diadema para que o município tenha poder de executar as ações. A CDHU informou ao Diário que o termo seria assinado até o início de junho, mas não cumpriu o prazo.

A regularização integra as obras de revitalização estimadas em R$ 4 milhões e custeadas pelo governo federal por meio do PHS (Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social). O secretário de Habitação de Diadema, Josemundo Dario Queiroz, lembrou que parte da verba é destinada às obras de infra-estrutura, como a outorga do córrego e a retificação das matrículas das casas. "A morosidade só prejudica a população. Corre-se o risco de termos de devolver o dinheiro se as ações forem inviabilizadas."

Procurada, a CDHU se limitou a dizer que vai apurar as pendências do processo e esclarecê-las na reunião de sexta-feira.