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Vence prazo para cumprimento do acordo de Wye Plantation
Por Do Diário do Grande ABC
31/01/1999 | 15:31
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O prazo para cumprir o chamado acordo de Wye venceu neste domingo sem que seus objetivos fossem cumpridos. Os palestinos culpam Israel pelo fracasso. O cronograma do acordo firmado pelos palestinos e israelenses na presença do presidente norte-americano, Bill Clinton, na Casa Branca, em 23 de outubro de 1998, deveria ser cumprido até 31 de janeiro. Até esta data, Israel deveria ter retirado suas tropas de 13,1% do território da Cisjordânia e libertado 750 prisioneiros palestinos.

Além disso, neste domingo já deveria estar pronta uma estrada entre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, ter sido iniciada a construçao de um porto marítimo separado em Gaza e ter sido cumprido um acordo econômico entre palestinos e israelenses.

'A única coisa que Israel fez foi acusar a Autoridade Palestina de nao-cumprimento de seus compromissos``, disse o negociador principal palestino Saeb Erekat. Segundo ele, os palestinos cumpriram todas as suas obrigaçoes, como deixar sem efeito a cláusula da carta básica palestina que propunha a destruiçao de Israel ou o início da concretizaçao de um plano detalhado contra o terrorismo.

Israel suspendeu o cumprimento do acordo de Wye em dezembro, após ter executado a primeira de suas três etapas. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que o líder palestino Yasser Arafat havia agravado o clima antiisraelense e nao estava cumprindo o acertado.

Em sua primeira etapa, Israel retirou suas tropas de dois por cento da Cisjordânia, concordou com a abertura de um aeroporto internacional em Gaza e a libertaçao de 250 prisioneiros palestinos, a maioria deles criminosos comuns, e nao os prisioneiros políticos cuja liberdade desejavam os palestinos.

Netanyahu condicionou a continuidade do cumprimento israelense do acordo a uma série de severas medidas de segurança, que foram rejeitadas pelos palestinos. 'O senhor Netanyahu nao pode ser juiz e inimigo ao mesmo tempo. No acordo de Wye há somente um juiz: os Estados Unidos``, disse Erekat.

No dia 4 de fevereiro, Arafat viajará para os Estados Unidos a fim de conversar com o presidente Clinton sobre o estancamento do acordo. 'Nossa mensagem a Washington será bem clara: desejamos um mecanismo que obrigue Israel a cumprir o acordo``, adiantou Erekat.




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