Cíntia Bortotto Titulo
Coluna: Cintia Bortotto
Do Diário do Grande ABC
27/07/2015 | 07:00
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Estamos vivendo um momento delicado no mercado de trabalho. Com a desaceleração da economia, vemos uma queda no número de vagas, muitas demissões e um período bastante tenso para trabalhadores de diversos segmentos e faixas de idade.


Muitas pessoas que perdem o emprego acabam pegando seu fundo de garantia, sua multa rescisória e optam por empreender e montar um negócio próprio. Outros, até mesmo por estarmos vivendo num mercado bastante dinâmico, acabam trabalhando como freelancer para diversos “empregadores”. Algumas profissões, como designers, jornalistas, profissionais de TI e outros, têm essa possibilidade.


Você já pensou nisso? Para investir nesta jornada, em primeiro lugar, é preciso saber exatamente o que se quer. Quanto quer ganhar? O que valoriza no ambiente de trabalho? Como lida com a insegurança financeira?


Quando você não é empregado sob o regime de CLT ou com um contrato que tem recorrência, provavelmente você terá meses em que ganhará muito e meses em que ganhará pouco. Como é lidar com isso? Você tem outra pessoa que pode pagar as contas fixas caso o dinheiro não entre? Você tem disciplina e está disposto a se organizar para que o sonho de ser freelancer dê certo? Estas são algumas perguntas que servem como primeira análise para saber se deve-se investir em carreira mais autônoma.


Normalmente, quem tem perfil adequado para ser autônomo é quem possui boa capacidade de organização, disciplina, capacidade relacional para conseguir trabalhos, seja com clientes ou em rede de contatos, capacidade comercial e de adiar a recompensa e maturidade para lidar com a frustração.


Mas, o que leva pessoas a deixarem trabalhos em regime de CLT? O principal ponto é a gestão. Pesquisas comprovam que empregados deixam o chefe e não a empresa. Portanto, boa gestão pode fazer a diferença entre a pessoa querer ficar ou querer sair. Outro ponto é se os valores da empresa condizem com os do colaborador e finalmente se este tem oportunidade de aprender e crescer naquela instituição.


Prós e contras

De maneira direta, a seguir enumero vantagens e desvantagens de cada um.


Trabalhar como freelancer ou num pequeno empreendimento tem lá suas vantagens como flexibilidade de horário; possibilidade de se investir no que realmente é seu diferencial; ver o valor agregado de seu trabalho a cada venda e serviço prestado. Mas nem tudo são flores, é possível que você trabalhe mais sozinho, terá de se preocupar em se atualizar sem contar com o apoio de uma empresa. Além disso, terá de buscar trabalho constantemente (prospecção) e terá de viver com a insegurança financeira.


Siga confiante e boa sorte!


Cíntia Bortotto é consultora em RH, psicóloga pela PUC-SP, especialista em recursos humanos pela FGV, em Dinâmicas de Grupo pela Associação Brasileira de Dinâmicas de Grupo, com MBA em Gestão de Negócios, também pela FGV. Como executiva de sucesso, atuou em grandes empresas como Otis, Unilever e Bombril – www.cintiabortotto.com.br.
 




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