A crise no setor automotivo afetou os resultados das micro e pequenas empresas do Grande ABC, de acordo com análise do Sebrae-SP. Pesquisa realizada pela entidade aponta que as firmas com esses portes registraram, no primeiro trimestre, queda no faturamento de 14,5% em relação ao mesmo período de 2014. O desempenho é pior do que a média do Estado (em que houve retração de 12,8%). No Interior, o recuo foi de 11,6%. A região só fica na frente da Capital, onde houve queda de 17,6%. Segundo a economista do Sebrae-SP Letícia Aguiar, a economia dos sete municípios é afetada pelas demanda fraca das montadoras, que geram um efeito em cadeia, reduzindo as encomendas de pequenos fornecedores e também gerando impacto nas famílias, que reduzem o consumo.

No mesmo levantamento, enquanto na média do Estado, houve estabilidade (-0,1%) no nível de pessoal ocupado nas pequenas empresas no trimestre em comparação com igual período de 2014 – no Interior houve retração de 1,9% e na Capital, queda de 2,4% –, no Grande ABC houve crescimento de 4,1%. Letícia pondera que a indústria da região já vinha efetuando cortes significativos no ano passado e, principalmente, no comércio houve alguma reposição de vagas. No entanto, ela lembra que nesse indicador estão não só funcionários registrados, mas também terceirizados e até familiares, que trabalham para ajudar a tocar o negócio.