O deputado estadual João Paulo Rillo, de São José do Rio Preto, esteve ontem em São Bernardo e declarou ser pré-candidato a presidente estadual do PT, posto desejado pelo ex-prefeito são-bernardense Luiz Marinho. A eleição ocorre na primeira semana de maio.

Rillo e Marinho, de acordo com o deputado, têm diferentes visões para o futuro do PT. “Nós temos um foco. O PT precisa se diferenciar, no Estado de São Paulo, do PSDB, começando pela Assembleia Legislativa”, explicou. O parlamentar citou o comportamento da bancada de deputados estaduais com base eleitoral em São Bernardo (Teonílio Barba, Luiz Fernando Teixeira e Ana do Carmo) para alfinetar o adversário interno.

“Sou a favor de o PT ter uma candidatura de oposição (a presidente da Assembleia) e não compor com o PSDB. Mas, com o comportamento dos deputados de São Bernardo na Assembleia, ele (Marinho) deve ser a favor de composição com o PSDB”, disse. Dentro do Parlamento estadual, petistas debatem aliança com deputados da base do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Votariam em Cauê Macris (PSDB) a presidente e, em troca, teriam espaço na mesa diretora.

Além da crítica à atuação da bancada de São Bernardo na Assembleia, Rillo afirmou que a única prioridade da ala de Marinho é eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2018. Para ele, isso é um dos pontos principais, mas não o único. “Precisamos pensar em um PT e em um projeto de Brasil para além de 2018. O companheiro Lula cumpre uma função importantíssima dentro do PT, sem dúvida. É a maior liderança popular da história do Brasil, é o grande ativo político-eleitoral que o PT tem, mas um partido de esquerda não pode ficar refém de um único projeto eleitoral.”

Ontem, Rillo participou de atividade liderada por Anderson Dalécio, assessor parlamentar do deputado Luiz Turco (PT-Santo André) e candidato a presidente do PT de São Bernardo, rivalizando com Brás Marinho, irmão de Marinho e atual dirigente da sigla.

Na disputa estadual, além de Marinho e Rillo, podem ser candidatos o ex-deputado estadual Renato Simões – com quem Rillo diz ter proximidade política – e a militante Misa Boito.