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Pela Rio-Santos de Toyota SW4
Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
15/12/2010 | 07:10
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Andréa Iseki/DGABC




O prazer dos utilitários esportivos não está na dirigibilidade. Molengas, não são feras em curvas. Grandalhões estabanados, definitivamente não se sentem à vontade nas apertadas ruas e avenidas dos grandes centros urbanos. No entanto, espaçosos, potentes, fortes e confortáveis, os SUVs são excelentes companheiros de viagem. O Toyota SW4 que nos diga...

Avaliamos o modelo importado da Argentina em uma viagem de Santo André a Paraty, litoral do Rio de Janeiro, pela bela Rodovia Rio-Santos. E para não queimar o 13º nos postos de combustível, optamos pela versão SRV 3.0 16V turbodiesel intercooler automática (R$ 163,9 mil), que entrega 163 cv de potência e 34,3 mkgf de torque disponíveis já a 1.400 rpm. Com tanque de combustível de 80 litros e consumo médio de 8,8 km/l - de acordo com o computador de bordo -, conseguimos ir e voltar (são mais de 800 quilômetros) com uma única parada e desembolsando R$ 50, para não passar apuros.

Antes de mais nada, o SW4 é para grandes famílias. Tem capacidade para até sete passageiros. Mas como a ideia é viajar, o porta-malas é mais importante do que a terceira fileira de bancos, que recolhemos para colocar a bagagem. O processo é fácil e rápido. Porém, como não ficam escamoteados sob o assoalho, como em alguns SUVs e monovolumes, os bancos fazem muito barulho na cabine.

Tanque cheio, bagageiro lotado, pé na estrada. Já na Rodovia dos Imigrantes, o SW4 mostra desenvoltura. A 120 km/h, o conta-giros descansa pouco acima dos 2.000 rpm. O nível de ruído na cabine é baixo. Quando exigimos um pouco mais, ultrapassando a barreira dos 140 km/h, o ronco característico dos veículos a diesel fica mais marcante. Lembra um pequeno caminhão.

Ponto negativo para a transmissão de somente quatro velocidades, que impede melhor desenvoltura do propulsor. Nas acelerações bruscas, o giro vai lá em cima e a sensação é de que a marcha não será trocada. Já na Rio-Santos, quando a pista fica de mão dupla, é preciso pegar certo embalo para efetuar com segurança as ultrapassagens, pois as retomadas são um pouco morosas.

A suspensão agrada. É macia, como a maioria dos utilitários esportivos, mas não transmite insegurança nas curvas, mantendo o veículo na trajetória desejada - mas é prudente não abusar.

Saímos um pouco da rota de asfalto e arriscamos algumas estradinhas de terra e pedras para chegar a praias distantes. Foi então que o SW4 se destacou. Tração 4x4 permanente com opção de reduzida, selecionada por meio de uma alavanca à frente da manopla do câmbio (bem que a seleção poderia ser eletrônica), não passamos apuros. O pouco de lama que encaramos, algo intransponível para alguns veículos, foi fichinha para o Toyota.

Durante todo o percurso, o SW4 entregou conforto. Os bancos revestidos de couro (acabamento com detalhes em madeira), o ar-condicionado de duas zonas, freios com ABS, air bag duplo, direção hidráulica e os ajustes elétricos do banco do motorista ajudam a retardar o cansaço dos mais de 800 quilômetros de ida e volta. Ponto negativo para o sistema de som sem entrada USB ou auxiliar. Como esquecemos de levar uns CDs, nos trechos mais isolados ficamos sem música.

VEREDICTO - O SW4 tem todos os atrativos de um bom SUV. Espaço, força e conforto são alguns deles. O câmbio de quatro marchas é seu ponto fraco. Mas, na balança, entre os prós e os contras, o resultado é positivo.




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