Política Titulo Base fragilizada
Em Diadema, oposição volta triunfar e derruba vetos de Lauro

Por 11 votos a oito, oposicionistas mantêm emendas ao Carnaval e reabertura de hospital

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
21/08/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A bancada de oposição ao governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), voltou a superar base governista e, por 11 votos a oito, derrubou ontem os vetos do chefe do Executivo às emendas modificativas na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Entre os itens mais discutidos estão a realização do Carnaval no ano que vem e a reabertura do atendimento pediátrico na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim das Nações, conhecido como hospital infantil.

O revés de Lauro ocorreu após adesão do governista Reinaldo Meira (sem partido) e do novo crítico Ricardo Yoshio (PRB), que se uniram aos oposicionistas liderados pela bancada do PT, detentora de seis votos. Os vereadores Vaguinho do Conselho, Célio Boi, ambos do PSB, e Cida Ferreira (PMDB) consentiram contra o governo verde.

O resultado alcançado era o mínimo exigido pelo regimento interno da Casa, que previa maioria absoluta para validação da matéria, ou seja, mais da metade do número total dos 21 parlamentares.

Também na oposição, Pastor João Gomes (PRB) se ausentou do plenário no momento da votação e não teve voto computado. Parlamentar saiu às pressas e evitou comentar postura.

Favoráveis aos vetos do prefeito foram a bancada do PV (formada por Lúcio Araújo, Albino Cardoso, Milton Capel e Márcio da Farmácia), Atevaldo Leitão (PSDB), José Zito da Silva, o Zezito (sem partido), Talabi Fahel e Luiz Paulo Salgado, ambos do PR.

Autor da emenda que destina R$ 4,3 milhões para realização do Carnaval em 2016, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), comemorou bastante o triunfo e condenou promessa de Lauro em entrar na Justiça para reverter sentença do Legislativo. “Se ele tiver capacidade republicana e juízo não irá à Justiça, pois vai perder, porque é papel da Câmara legislar (sobre os projetos de lei). Ele não é louco”, sustentou.

Na semana passada, diante do possível revés, Lauro prometeu acionar o Judiciário para derrubar decisão do Parlamento.

Derrotado, Leitão – que é líder do governo – reconheceu momento delicado da base de sustentação e alfinetou votos contrários. “A base do governo está fragilizada. Eu, enquanto defender esse governo, terei posicionamento, mesmo que custe voto nas urnas. Agora, vale ressaltar: o prefeito só vai realizar as emendas se tiver dinheiro”, relatou.

Contrário ao veto da administração e considerado decisivo pela oposição, Reinaldo Meira justificou que seu voto ocorreu porque as emendas foram votadas em bloco. “Trabalhei por uma emenda para a UBS do Jardim ABC, para que funcione 24 horas. Se votasse favorável ao veto, votaria contra mim. Se fosse só pelo Carnaval, acompanharia a orientação do prefeito”. 




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