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Mauaense ganha livro e documentário

Jornalista Daniel Alcarria transformou
uma pesquisa em livro sobre a Locomotiva

Marcelo Argachoy
Especial para o Diário
09/07/2017 | 07:00
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Denis Maciel


São 85 anos de história. Em 138 páginas, o jornalista Daniel Alcarria, torcedor do Grêmio Esportivo Mauaense, transformou uma pesquisa que conduzia desde 2015 em um livro sobre a história da Locomotiva.

“O primeiro jogo que foi ver no estádio era do Mauaense, então produzir isso me remete à infância, ao passado de um futebol mais romântico”, conta Alcarria, que passou mais de seis meses ininterruptos em bibliotecas – lendo jornais da época – para juntar o material.

Como consequência da pesquisa veio também o documentário, feito em parceria com o também jornalista Samuel Boss. Em 37 minutos, o filme explora, em linguagem mais simples, os anos dourados do time, principalmente na década de 1980.

A relação do Grêmio Mauaense com a política municipal é o principal fio condutor do clube até os dias de hoje. “O futebol de várzea era uma paixão de Mauá, e foi disso que surgiu o clube profissional, aliado ao desejo de políticos que também tinham muita afinidade com o esporte”, conta Boss.

A ligação com a várzea diminuiu. Em seu primeiro ano como equipe profissional, o time era composto quase que inteiramente por jogadores do futebol amador local. “Tem também uma tradição de mais de 20 anos em que o Mauaense só joga de sábado. Isso é porque, religiosamente, o domingo é para o futebol de várzea”, afirma.

Alcarria revela que os altos e baixos do clube são ligados às diferenças de como os políticos enxergam o clube. Essa relação se mantém até hoje: “ É só você ver que o Mauaense joga de amarelo, que é a cor desta nova gestão”, diz.

A pesquisa também aborda a relação com os outros clubes, principalmente o São Paulo e o Santo André. “O Tricolor foi como um pai para o Mauaense, cedia jogadores, material esportivo. Inclusive, o Grêmio ia direto jogar preliminares no Morumbi, e eles vinham jogar aqui.”

Com a ajuda do livro e do documentário, os autores esperam que o Mauaense volte a ser conhecido pela cidade. “Muita gente não sabe que o Willian (jogador do Chelsea e da Seleção Brasileira) jogou por aqui, ou que o Cafu foi rejeitado duas vezes em uma peneira do clube”, falou Alcarria.

Para divulgar o trabalho, será feito um evento amanhã, na sede social do Grêmio Mauaense – Rua Pedro de Toledo, 341, no Parque São Vicente –, a partir das 19h.




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