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Santos joga 'no regulamento' e empata com o Corinthians
Fernão Silveira
Do Diário OnLine
06/05/2001 | 17:54
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O Santos fez valer sua vantagem na semifinal do Campeonato Paulista e jogou o suficiente para empatar em 1 a 1 com o Corinthians, pela primeira partida da série, neste domingo, no Morumbi. Duas igualdades favorecem o time da Baixada, que avança à final se conseguir empatar o jogo de volta, no próximo domingo, novamente no Morumbi. O único semifinalista da capital depende da vitória para voltar a uma decisão do estadual, dois anos depois de vencer o Palmeiras, em 99.

A primeira etapa foi dominada pelo Santos, responsável pelas melhores iniciativas ofensivas. Em grande atuação do lateral-esquerdo Léo, o atacante Deivid abriu o placar aos 20, ganhando de André Luiz pelo alto e completando de cabeça cruzamento do camisa 3 pela esquerda. Satisfeito com a vantagem, o técnico Geninho sacou Deivid (machucado) para colocar o volante Marcelo Silva, encarregado de anular Marcelinho Carioca.

A alteração até deu certo, mas o treinador santista pagou pela falta de ousadia. Apesar de Marcelinho quase não ter criado, o Corinthians pressionou durante toda a segunda etapa e chegou ao empate merecido. Marcelinho centrou pela esquerda, Gil escorou de cabeça e Éwerthon completou de primeira, por cima de Fábio Costa, aos 11.

Wanderley Luxemburgo optou por escalar Índio como titular na lateral direita, colocando Rogério ao lado de Otacílio no meio. A opção proporcionou um verdadeiro baile santista no primeiro tempo, com Léo e Robert criando as melhores oportunidades nas costas do camisa 2. O ex-técnico da Seleção redimiu-se e promoveu no intervalo as entradas de Kléber e Marcos Senna, nas vagas de Índio e Otacílio.

Com a ala direita fechada pelo reforço de Rogério e André Luiz liberado para criar como um meia avançado, o ataque corintiano melhorou. O Santos passou a atuar na base dos contra-ataques, especialmente depois do empate, e levou algum perigo.

Maurício tornou-se a grande figura defensiva da etapa final, fechando o gol em pelo menos três ocasiões. Na melhor oportunidade santista do segundo tempo, Dodô recebeu de Robert na entrada da área e fuzilou para uma bela defesa do arqueiro corintiano.

Paulo Nunes, substituto de Gil no segundo tempo, teve a chance de virar o placar a seis minutos do final. Livre na pequena área, ele cabeçeou para fora um cruzamento preciso feito por Kléber na esquerda.

Decepções - Os corintianos que contavam com a trinca de “selecionáveis” para reverter a vantagem santista acabaram desiludidos. Marcelinho Carioca jogou pouco enquanto teve liberdade e menos ainda depois da entrada de Marcelo Silva. Ricardinho, também apagado, não deu os passes que renderam-lhe o status de “cérebro” do meio-campo. Só o jovem Éwerthon e o colega de juniores Gil corresponderam ofensivamente.

O duelo verbal disputado durante a semana entre os líderes Marcelinho e Rincón ficou restrito à imprensa. No gramado, nenhum deles fez justiça à polêmica com suas modestas atuações. A surpresa defensiva do Santos ficou para o argentino Galván, que deixou de lado a violência habitual e levou segurança à retaguarda.

Decepção também não faltou para a Federação Paulista de Futebol. A FPF colocou 80 mil ingressos à venda e esperava casa cheia. Mas a habitual ação dos cambistas esgotou as bilheterias e fez 15 mil ingressos morrerem no lado externo do Morumbi. O público pagante declarado pela federação foi 65.739.




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