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Palmeiras encara tensão e fúria da torcida no Palestra

Time ataca o lanterna Sertãozinho para sair do sufoco;
Diego Souza, suspenso, reage às ameaças dos torcedores

Por Nelson Cilo
Com Agências
06/03/2010 | 07:00
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O Palmeiras reaparece no Palestra Itália para enfrentar não apenas o lanterna Sertãozinho, às 17h de hoje, mas também a fúria de uma torcida indignada pela má campanha do time no Paulistão. Além das intermináveis pressões no Palestra Itália, o técnico Antonio Carlos tem consciência de que outro placar desfavorável - se é que o frágil adversário seria capaz de surpreendê-lo - pode incendiar ainda mais o Palestra Itália.

É como se os fantasmas ainda continuassem naquele tenso ambiente. Só no Estadual foram dois empates no local (Ituano e Portuguesa) e duas derrotas (São Caetano e Santo André). "Te juro pelo meu filho que a pergunta era a mesma já em 1993. Só que a nossa casa é essa. É preciso atuar aqui sob protesto ou não. Vamos encarar a crise de frente", sugere Antonio Carlos que, como ex-zagueiro da equipe, tão bem conhece o clima no clube.

Apesar de tudo, o grupo tenta passar otimismo. Tanto é que, aos gritos de ‘é campeão', os vencedores do recreativo de ontem posaram festivamente para os fotógrafos e cinegrafistas na Academia de Futebol. "Não podemos aumentar a tristeza. É na base da alegria que podemos reverter as coisas ruins", acredita o técnico.

Diego Souza também aposta na reabilitação e manda um recado aos pessimistas de plantão. "Não somos cachorro morto", observa.

No entanto, o meia promete não levar desaforos daqueles que o vaiam sistematicamente ou procuram intimidá-lo em cada rodada. Na anterior, houve quem o xingasse de burro.

"Agora é hora de apoio, não de ofensas. Não é de hoje que me criticam. Isso não é nenhuma novidade. As ameaças não me me assustam. Não sou de noitadas e vou aos restaurantes de cabeça erguida. Não alterei a minha rotina. Mas, se quiserem briga, faço igual ao Vágner Love. Vou embora imediatamente", garante Diego Souza, que cumpre suspensão automática pelo cartão vermelho contra o Santo André (atingiu o garoto Ricardo Goulart na dividida sem bola e corre o risco de pesado gancho no próximo julgamento do Tribunal de Justiça Desportiva). O relatório está carregado.

MUDANÇAS - Estão previstas pelo menos cinco mudanças na escalação utilizada na quarta-feira. Deyvid Sacconi substitui Diego Souza. O coletivo de ontem mostrou o zagueiro Léo, o lateral Wendel e o volante Márcio Araújo como titulares. Todos já tinham o retorno antecipadamente assegurado.

Além deles, o meia Cleiton Xavier participou normalmente dos trabalhos e ocupa uma das vagas. O camisa dez sentia dores no tornozelo direito, mas os médicos decidiram liberá-lo.

SERTÃOZINHO - Já o lanterna do Paulista (oito pontos) pretende tirar vantagem das turbulências do Palmeiras para, quem sabe, dar sinal de vida. O time de Paulo Comelli ganhou apenas uma vez em 12 jogos.

O técnico chegou a colocar o cargo à disposição, mas, na reunião de quinta-feira, o convenceram a permanecer. O presidente Antônio Savegnago não admite responsabilizá-lo pela fase ruim. O goleiro Luís Henrique (expulso diante do Mogi Mirim) cede a vaga para Gilberto.

Diretoria apresenta novato revelado na base do Flamengo

O Palmeiras apresentou ontem o meia-atacante Bruno Paulo, 20 anos, revelado nas categorias de base do Flamengo, mas que estava encostado na Gávea. O técnico Antonio Carlos obteve boas informações do reforço.

No ano passado, Brunonão conseguiu renovar o contrato no Rubro-Negro e passou a treinar separadamente do grupo. Como uma espécie de punição, a diretoria resolveu rebaixá-lo dos profissionais para os juniores. O clube acusou o agente do atleta de complicar as conversações.

"Agora, isso já não interessa mais. Quero recomeçar a minha carreira no futebol paulista. Não posso desperdiçar a chance que o Palmeiras me dá. Estou feliz pela transferência." (Das Agências)




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