Economia Titulo Comércio Exterior
Importações sobem 16% em setembro
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02/10/2009 | 07:00
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A balança comercial registrou em setembro o pior superávit mensal deste ano, de apenas US$ 1,33 bilhão. A queda ocorreu devido ao forte aumento das importações que subiram 16% em relação a agosto e somaram US$ 12,53 bilhões, o maior valor de 2009. Por outro lado, as exportações se mantiveram no mesmo patamar de agosto, registrando US$ 13,86 bilhões.

A expansão das compras internacionais a partir de julho reduziu mês a mês o crescimento do superávit comercial em relação a 2008. No acumulado de janeiro a setembro, o saldo está positivo em US$ 21,27 bilhões, 8,1% a mais que no mesmo período do ano passado. No acumulado até agosto, o superávit era 17,8% superior ao resultado de 2008.

As exportações registraram queda de 25,1% nos nove primeiros meses, somando US$ 111,78 bilhões. As importações recuaram ainda mais: 30,3% em relação ao mesmo período do ano passado, somando US$ 90,51 bilhões.

O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, atribuiu o aumento das importações em setembro a compra atípica de petróleo e ao aumento das aquisições de bens de capital. O País importou no mês passado US$ 1,16 bilhão em petróleo, aumento de 78,5% em relação a agosto. O petróleo, informou o secretário, contribuiu para aumento de 29% nas importações.

Exportações de máquinas caem 46% no ano

As exportações de bens de capital (máquinas e equipamentos) sob encomenda somaram US$ 1,788 bilhão entre janeiro e agosto de 2009, o que representa uma queda de 46% em relação aos US$ 3,3 bilhões registrados em igual período do ano passado. A informação é da Abdid (Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base), com base em números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. As importações atingiram US$ 2,9 bilhões nos oito primeiros meses de 2009, ante US$ 3,1 bilhões no mesmo período do ano anterior -_montante 7,6% menor.

O saldo da balança comercial do setor, que registrou superávit de US$ 170,7 milhões entre janeiro e agosto de 2008, apresentou déficit de US$ 1,1 bilhão de janeiro a agosto de 2009. Em nota, o presidente da Abdib, Paulo Godoy, destaca que alguns fatores ajudam a explicar o resultado da balança do setor no ano. Entre eles, estão a valorização do real diante do dólar, a queda da demanda mundial por equipamentos e a redução do volume de investimentos em virtude da desaceleração econômica em diversos países.

"Este ano deve registrar um fluxo de comércio semelhante ao de 2007, porém com saldo comercial ainda negativo. Há alguns sinais de retomada da economia global, mas ela será em ritmo mais lento", afirmou. Godoy também atribuiu ao câmbio e à carga tributária o déficit comercial registrado pelo setor. Segundo ele, a valorização do real favorece a importação de máquinas.




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