O anúncio do plano nacional de Habitação, que prevê a construção de 1 milhão de casas em todo o País - feito no último dia 25 -, não impediu que São Bernardo recebesse R$ 780 mil do Ministério das Cidades para a mesma finalidade. A verba foi liberada no dia 31 de março, 13 dias antes do cadastramento para o programa do governo federal, batizado de Minha Casa, Minha Vida.

Na data foi feito o repasse do valor integral de um convênio firmado entre a Prefeitura e o Ministério em 28 de dezembro de 2006, durante a gestão de William Dib (PSB). Procurada pela reportagem, a Prefeitura, que hoje é comandada por Luiz Marinho (PT), não respondeu quantas casas serão construídas, quais os bairros beneficiados e prazo para início e término das obras.

O município não tem um levantamento recente sobre o déficit habitacional. Os números divulgados pela gestão anterior indicavam 11 mil moradias, mas segundo Marinho, a quantidade é maior.

Desde o início do ano, São Bernardo já recebeu repasse de quatro convênios firmados pela gestão anterior com o governo federal. Juntas, as transferências realizadas neste ano totalizam R$ 1,45 milhão. Mauá e Diadema - que possuem administradores petistas - ocupam, respectivamente, a segunda e a terceira colocação em repasses da região, com R$ 794 mil e R$ 570,2 mil.

Em Mauá, quase todo o repasse - R$ 790 mil - foi feito pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, para a construção e modernização de restaurantes populares.

Em Diadema, o valor mais alto - R$ 173, 8 mil - foi disponibilizado para a construção de adutora que interliga o reservatório Jardim das Nações ao Parque Real. Rio Grande da Serra teve o repasse de R$ 178,2 mil do Ministério do Turismo. São Caetano, R$ 2,4 mil para a Educação. Apenas Ribeirão Pires não teve a destinação de verbas de convênios.