Política Titulo Troca de partido
Santo André é a cidade da região com mais 'dissidentes'

Os partidos PMDB, PV e PDT deram apoio a Vanderlei Siraque (PT), mas votam com o PTB do prefeito Aidan Ravin

Por Matheus Adami
Especial para o Diário
06/04/2009 | 07:01
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Após três meses de mandato, quinze vereadores do Grande ABC trocaram o lado defendido nas eleições majoritárias do ano passado. O número representa 14% de um total de 108 parlamentares em sete câmaras.

A cidade com o maior número de mudanças é Santo André, com sete parlamentares que apoiaram a candidatura do deputado estadual Vanderlei Siraque (PT) ao Paço. PMDB e PV - governistas históricos - deram um "voto de confiança" ao prefeito Aidan Ravin (PTB). Apesar de pregarem independência, PSB e PDT - legenda que indicou o vice na chapa petista - votam, na maioria das vezes, com a sustentação. O sétimo dissidente é Francisco Alberto, o Alemão do Cruzado (PSL). Apesar de a legenda já ter determinado oposição, o parlamentar afirma lealdade ao Executivo. "Definimos que, para o bem da cidade, iríamos apoiar a administração. Mas isso não quer dizer que apoiaremos se o prefeito encaminhar um projeto que não seja de interesse", frisou José de Araújo (PMDB).

Em São Bernardo, os Democratas, apoiadores da campanha do deputado estadual Orlando Morando (PSDB), passaram para o lado do prefeito Luiz Marinho (PT). A justificativa é a mesma: a busca do melhor para o município. "Essa guinada foi pensando na cidade e na governabilidade", afirmou o vereador Fábio Landi. No entanto, a legenda está migrando para a "independência" em busca de desvincular-se do PT, já que, em âmbito nacional, o DEM é opositor ferrenho ao PT.

Já em São Caetano, enquanto o então único oposicionista, Edgar Nóbrega (PT), decidiu apoiar o prefeito José Auricchio Júnior (PTB), Gilberto Costa (PP), líder do governo entre 2005 e 2008, tornou-se oposição. "Aguardei que o governo fosse chamar a mim e ao meu partido para uma conversa. Não houve retorno. Por isso, decidimos que seríamos oposição", explicou o progressista, que não descarta uma futura reaproximação.

Em Mauá, o PSB está dividido. Enquanto três parlamentares apoiam o prefeito Oswaldo Dias (PT), Alberto Betão Pereira Justino, o Betão, adotou postura de oposição. Ribeirão Pires tem João Lessa (PSDB), que apoiou o tucano Valdírio Prisco nas eleições, e agora vota com a bancada do governo Clóvis Volpi (PV). Em Diadema e Rio Grande da Serra não há grandes alterações.

Na avaliação do cientista político Marco Antônio Carvalho Teixeira, isso acontece por "costuras políticas". "O que define são as relações que as lideranças possuem mais do que os próprios partidos". (Supervisão Juliana de Sordi Gattone)




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