Com pouco tempo no mercado, o modelo acumulou mais um importante triunfo sobre a concorrência
O novo Focus Sedan fez mais uma vítima. Com pouco tempo no mercado brasileiro, o três volumes da Ford acumulou mais um importante triunfo diante da forte concorrência utilizando, como principal arma, o bom custo-benefício e tecnologia de ponta. A vítima, desta vez, foi o experiente Renault Mégane.
Em busca da melhor avaliação, comparamos as versões topo de linha de cada veículo. E, logo de cara, a primeira importante vantagem do Focus saltou aos olhos: o preço. A versão mais requintada da Ford (Ghia 2.0) parte de R$ 70,1 mil. Já a versão Privilège do sedã de marca francesa parte de R$ 72.290.
Porém, antes de acelerarmos os dois competidores, resolvemos somente observá-los. O Focus, imediatamente, chamou mais a atenção que o Mégane. Motivo? O sedã médio produzido na Argentina tem um projeto mais atual, com traços do Kinetic Design. Para se ter uma idéia, o modelo é o mesmo que circula atualmente pelas ruas da Europa.
O Renault, por sua vez, está ligeiramente ultrapassado. Prova disso é que recentemente a terceira geração do modelo foi apresentada no Salão de Paris. Única certeza é que ele não deve chegar antes de 2010 por aqui.
Como para quem gosta de carros olhar e não experimentar é algo muito frustrante, decidimos rapidamente pular para dentro dos oponentes e ver do que são capazes.
O Ford traz um saudável motor Duratec 2.0 16V que entrega 145,5 cv de potência a 6.000 rpm e torque de 18,8 mkgf a 4.500. O principal ponto negativo é o fato deste propulsor não ser bicombustível, funcionando somente com gasolina.
No entanto, com o recente lançamento do EcoSport 2.0 Flex, que utiliza o mesmo Duratec, é possível que em 2009 a Ford anuncie a versão bigasolina/álcool do sedã.
O Mégane também traz um voluntarioso coração F4R 2.0 16V que entrega números extremamente parecidos com o do concorrente: 138 cv de potência a 5.500 rpm e torque de 18,8 mkgf a 4.500 rpm. E assim como o Ford, o Renault funciona somente com derivado de petróleo.
Outro ponto negativo na parte mecânica de ambos os modelos é a transmissão. Tanto Focus quanto Mégane utilizam câmbio de somente quatro marchas - algo já ultrapassado e que gera certo desconforto na condução.
Espaço de sobra
Não é segredo para ninguém. Quando um consumidor sai de casa decidido a comprar um sedã médio - importado ou não -, ele busca status. No entanto, no dia-a-dia, o que realmente vai importar e justificar uma boa compra é o espaço e o conforto que o modelo pode proporcionar. E destas qualidades, Focus e Mégane estão muito bem servidos.
Apesar de ser um pouco maior, com 4,49 metros de comprimento e 2,68 metros de distância entre os eixos, o Renault oferece o mesmo espaço que o Focus, um centímetro menor em comprimento e quatro centímetros de distância entre eixos.
Trafegar no banco traseiro de ambos os modelos é agradável. Destaque para o bom espaço para as pernas, independentemente da altura dos passageiros. O revestimento dos bancos em couro dá um toque refinado no conforto de ambos os veículos.
Porta-malas também tem de sobra. O Focus oferece 526 litros de capacidade de carga, enquanto o Mégane somente seis litros a menos.
Falando em couro, o acabamento interno de Focus e Mégane é satisfatório e digno do segmento em que estão inclusos. Além do couro, o encaixe das peças de plástico - de boa qualidade - são perfeitos e não apresentam rebarbas ou sinais de desgaste.
TECNOLOGIA
Quando o assunto é tecnologia, os dois carros mostram que possuem gratas qualidades. O Focus, no entanto, leva uma ligeira vantagem, muito por parte do comando de voz que permite controlar até mesmo a temperatura do ar-condicionado, e pelo sistema de som My Connection, que oferece diversas opções de conectividade entre o carro e os ocupantes do veículo.
Algo interessante que une estes dois carros é o sistema de ignição. Para ligar o Ford, basta estar com a chave dentro do carro - pode estar no bolso do motorista - e apetar o botão no console.
O Renault apresenta um sistema muito parecido - e pioneiro aqui no Brasil. A chave do carro, na realidade, é um cartão. Para ligar o motor basta inserí-lo no painel central e apetar o botão.
Além disso, os dois carros oferecem ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, rodas de liga leve de 16 polegadas, sensor de estacionamento, faróis de neblina, computador de bordo, freios com ABS e air bag duplo.
EQUIPAMENTOS |
Ford Focus Sedan Ghia 2.0 |
Renault Mégane Privilège |
Preço básico |
R$ 70.100 |
R$ 72.290 |
Air bag duplo |
Série |
Série |
Ar-condicionado |
Série |
Série |
Bancos revestidos de couro |
Série |
Série |
CD player com MP3 |
Série |
Série |
Computador de bordo |
Série |
Série |
Direção hidráulica |
Série |
Série (com assistência elétrica) |
Freios ABS |
Série |
Série |
Rodas de liga leve |
Série (16 polegadas) |
Série (16 polegadas) |
Sensor de estacionamento |
Série |
Série |
Transmissão automática |
Série (quatro velocidades) |
Série (quatro velocidades) |
Trio elétrico |
Série |
Série |
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.