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Projeto da CDHU agrada especialistas
Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
10/06/2008 | 07:18
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O novo papel da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), que pretende passar de construtora a avalista de imóveis em 2009, assemelha-se a modelos de gestão compartilhada já firmadas na área da Saúde, segundo especialistas. O professor de Finanças, do curso de Administração de Empresas da USP, Roy Martellana, compara a iniciativa a parcerias firmadas entre municípios e prefeituras como, por exemplo, entre São Bernardo e a Fundação de Medicina do ABC.

"O Estado deve garantir o direito à Saúde, mas não necessariamente deve gerir hospitais. O mesmo se aplica à Habitação. O governo deve proporcionar moradia à população de baixa renda, mas não precisa, obrigatoriamente, construir moradias", diz.

O projeto, em fase de normatização, não significa uma terceirização do setor, mas uma maneira de incentivar o mercado da construção para as classes mais baixas. "A palavra certa é parceria, já que o Estado ainda deve fiscalizar a construção e especificar as condições, dentro de valores já estabelecidos", acredita o coordenador de Engenharia Civil do Centro Universitário da FEI, Kurt Amann.

O especialista ainda defende que a população participe mais ativamente das propostas de projeto e das opções de acabamento. "Estas medidas aumentariam o poder de escolha dos usuários, que também ganhariam em agilidade", completa.

Segundo o secretário estadual de Habitação, Lair Krähenbühl, a mudança de perfil dará vantagens para o governo e para empresas privadas. "O Estado será o avalista dos imóveis e dará a garantia de pagamento. Os empreendedores farão investimento certo e economizarão em divulgação e comercialização", disse em entrevista exclusiva.




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