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Morador sinaliza buraco com placas

Cansado de esperar conserto, designer protesta em frente de casa, no Jardim Bom Pastor

Caroline Garcia
Especial para o Diário
17/09/2012 | 07:00
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Placa colocada em frente a residência na Rua Professor Licínio, no Jardim Bom Pastor, em Santo André, dá o seguinte aviso: "No dia 7 de outubro lembre-se que este buraco poderia ser na porta de sua casa".

A iniciativa foi do próprio morador, o designer gráfico Diniz Villa Junior, 50 anos, que cansou da demora no conserto do buraco na porta do seu imóvel.

Além dessa placa, o designer produziu mais duas, e faz a troca da mensagem semanalmente. A primeira dizia: "Senhores políticos, antes de pedirem meu voto, vejam isso". A que será colocada nesta semana já está pronta, com a frase "Votar pra quê??? Depois de eleitos, todos eles vão ficar cegos, surdos e esquecidos".

Desde que comprou a casa, há 12 anos, Villa Junior procura a Prefeitura e o Semasa (Serviço de Saneamento Ambiental de Santo André) para que o buraco que acumula água na sarjeta seja consertado. "A cada seis meses, entro em contato a administração. A última promessa que me fizeram foi que no começo deste ano estaria tudo arrumado. Mas nada foi feito."

A água que fica empoçada infiltrou na calçada da residência e fez o cimento ceder, formando outro buraco no passeio público. "A Prefeitura passou, viu como estava e mandou duas notificações para que eu consertasse, já que a calçada é de responsabilidade do morador. Arrumei, mas a parte deles continua sem solução."
Villa Junior tentou tapar o buraco com cimento, mas não deu certo. "Paguei até um pedreiro, mas a água leva tudo embora. Não é asfalto igual ao deles".

As placas de aviso são impressas na própria casa do designer gráfico e ainda ganham camada de laminação. "Foi um estalo, já tinha colocado um poste antes, aproveitei e adaptei as plaquinhas também."

A Prefeitura de Santo André, por meio do Departamento de Vias Públicas, informou que o buraco trata-se de um trecho de sarjeta com afundamento, provocado pelo tráfego intenso de veículos. O conserto está previsto para ser realizado nos próximos 60 dias.

Árvores racham calçadas em Diadema

Calçadas, muros e garagens de três casas na Rua Guaraci, na Vila Conceição, em Diadema, apresentam rachaduras devido às raízes de quatro árvores na altura do número 31. A vizinhança afirma solicitar a remoção dos vegetais há um ano.

"A informação da Prefeitura é que só há um caminhão equipado com gaiola que pode transportar as árvores. Enquanto isso, nossas casas vão rachando", disse a dona de casa Adeilda Maria Novaes Lemos, 42 anos.

Outro problema são os bichos, em espécie de casulo, que saem das árvores e se fixam nas paredes. "Não podemos mais deixar a janela aberta e roupa no varal", reclamou a aposentada Neide Barbosa Lemos, 68.

Com rachaduras já invadindo a garagem e a calçada remendada várias vezes, a esposa do aposentado José Margem dos Santos, 72, lava diariamente o muro da casa com água e sabão, para se ver livre dos bichos. "Até já briguei com ela para parar de gastar água, porque ninguém vai repor a conta".

A Prefeitura informou que há somente registro de pedido de poda das árvores junto à Secretaria do Meio Ambiente, recebido em junho, e não uma solicitação de remoção dos exemplares.

Na semana passada, técnicos vistoriaram o local e constataram que não há necessidade de retirar as plantas, que são da família sibipiruna. Durante a vistoria, os moradores foram orientados para que as calçadas sejam reconstruídas com no mínimo sete centímetros de concreto. Atualmente, elas têm três centímetros, o que, segundo a Prefeitura, facilita a formação de rachaduras. Assim que as reformas forem concluídas, a Secretaria realizará a poda das árvores.

Barulho de prédio em obras incomoda vizinhos no Centro

Ao voltar para casa após o trabalho, os moradores da Rua Comendador Carlo Mario Gardano, no Centro de São Bernardo, esperam ter uma noite tranquila, mas não é o que acontece com os vizinhos de um empreendimento imobiliário em construção.

A obra de grande porte, no fim da rua sem saída, está em curso há cerca de cinco meses. O barulho além do normal, segundo a vizinhança, começou há aproximadamente um mês. "Tem dias que os funcionários começam a trabalhar por volta das 5h30 e vão até as 22h. Na semana passada, estavam enchendo laje tarde da noite", disse a auxiliar de vendas Elisabete Barboza Silva, 31 anos.

Na legislação municipal, o horário permitido para utilização de máquinas e aparelhos na execução de obras licenciadas pela Prefeitura é das 6h às 20h. Não há restrição quanto aos dias da semana.

"Já fui falar com o encarregado da obra, ele disse que ia tentar fazer alguma coisa, mas até agora não teve melhora", afirmou o montador Marcio Bonfim Silva, 29 anos. Elisabeth também tentou contato com os operários. "Mas eles dizem para procurar a polícia."

A auxiliar de vendas acionou a Prefeitura e o poder público afirmou à moradora que a obra está sendo fiscalizada quanto à poluição sonora. O Serviço de Fiscalização de Posturas e Comércio da Secretaria de Serviços Urbanos confirmou a informação. A construtora foi procurada, mas não retornou.

O telefone de denúncia para moradores que se sentirem prejudicados com barulhos é 08000 7708156.

Bichos saem de terreno vazio e invadem residências

Morar ao lado de terrenos vazios não é fácil. O mato, geralmente alto, faz proliferar aranhas, taturanas e até escorpiões. A população também aproveita o espaço aberto para descartar entulho e fazer queimadas. É essa a situação da Rua Cláudio de Sousa, no Condomínio Maracanã, em Santo André.

Ao lado da casa 134, há terreno municipal abandonado. "Estava lavando a escada e achei uma aranha enorme. Arrumando o quarto já encontrei várias também", disse a diarista Delfina Gomes dos Santos, 61 anos.

A analista de RH Ariane Silva, 25 anos, mora no imóvel encostado ao terreno e sofre com o problema desde que nasceu. "Muitas vezes meu pai tomava a iniciativa de cortar o mato, que já chegou a ponto de invadir o quintal da minha casa." Até um escorpião foi encontrado entre as cobertas quando ela arrumava a cama para dormir.

A Prefeitura informou que equipe do Departamento de Parques e Áreas Verdes foi até o local e que será executada a roçagem completa da área. O Departamento de Vigilância à Saúde também foi enviado para inspecionar o terreno em relação aos bichos.




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