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Greve de funcionários afeta unidades da Fundação Casa

Servidores cruzam os braços em todo o Estado; região possui centros em quatro cidades

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
10/04/2014 | 07:00
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Em assembleia geral realizada ontem na Capital, funcionários da Fundação Casa de São Paulo confirmaram a decisão tomada no fim de março de entrar em greve em todas as unidades a partir da 0h de hoje, como protesto por melhores salários e condições de trabalho. O Grande ABC possui unidades em quatro cidades: Santo André, São Bernardo, Mauá e Diadema (esta última de semiliberdade).

O Sitraemfa (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e a Família do Estado de São Paulo) estima que a região conte com cerca de 800 funcionários. Em todo o Estado são 12,5 mil.

O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) determinou que 70% do efetivo de cada um dos 148 centros permaneça em atividade, por plantão. O descumprimento acarretará multa diária de R$ 100 mil ao Sitraemfa.

A categoria reivindica, entre outras questões, reajuste real de 53,63%, e segurança nos locais de trabalho. O governo do Estado, por sua vez, ofereceu aumento de 3,97%, com base no IPC/Fipe (Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e reposicionamento por ajuste de curva, de 2,20% para todos os empregados.

“O salário de um agente de apoio socioeducativo, por exemplo, é R$ 1.300; o do pessoal da manutenção não chega a R$ 1.000, então, ninguém quer se manter no trabalho”, disse o presidente do Sitraemfa, Aldo Antonio.

Faltam trabalhadores, sobram internos. Embora a Fundação Casa possua autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) para atender até 64 jovens e garantir que atua dentro dessa capacidade, trabalhadores relatam situação contrária. Um profissional da região conta que, em sua unidade, há 68 menores para oito agentes no período diurno e cinco durante à noite. “Isso gera insegurança para os funcionários e para os próprios adolescentes”, ressalta o presidente do sindicato. Ele assume que a fragilidade no atendimento, em virtude da greve, pode auxiliar na ocorrência de tumultos. “Não é essa a nossa intenção, mas isso pode acontecer, então, a gente torce para que tudo seja resolvido o mais rápido possível”, concluiu.
 




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