Criado há dois anos para rivalizar com o PT, núcleo tucano tenta se manter ativo no Grande ABC
Criado em 2012 para atuar num segmento historicamente ligado ao PT, o núcleo sindical do PSDB patina para se consolidar no Grande ABC. Mesmo angariando filiados em sindicatos na região, a inserção tucana está longe de atingir o resultado alcançado pelo petismo, que por meio de centrais sindicais, consegue ampliar os simpatizantes na classe trabalhadora.
Coordenador da ala sindical tucana no Grande ABC, o vereador de Diadema Atevaldo Leitão reconhece que o grupo avançou nas capitais brasileiras, mas ainda não conseguiu se regionalizar. “Ainda somos uma tendência nova, mas estamos trabalhando para ampliar nossa participação”, disse o parlamentar.
O reflexo da tímida atuação do bloco nas sete cidades é que nenhum tucano ligado ao sindicalismo disputará a eleição deste ano. Para sanar a falta de quadros, o presidente do núcleo sindical do PSDB nacional, deputado estadual Ramalho da Construção, buscará a preferência do eleitorado local.
Em contrapartida, o PT apostará as fichas na reeleição da deputada estadual Ana do Carmo e no diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, ambos de São Bernardo.
Atevaldo Leitão planeja realizar um evento regional para demonstrar a força do núcleo. O objetivo é mostrar trabalho às vésperas da eleição e fazer triunfar o projeto de trazer o senador e pré-candidato à Presidência Aécio Neves (MG) à região. “Estamos trabalhando para que isso aconteça.”
Idealizado pelo ex-presidente nacional do PSDB Sérgio Guerra, o núcleo sindical da sigla pretendia atrair líderes sindicais insatisfeitos com o PT, após a legenda conquistar a Presidência da República em 2002, com Luiz Inácio Lula da Silva. A leitura dos tucanos é de que, desde que chegou ao poder, o petismo não realizou as reformas almejadas pelos trabalhadores.
RAIAS OPOSTAS
As principais centrais sindicais em atividade no Brasil participarão ativamente da eleição presidencial, mas em raias opostas.
A CUT apoiará a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). A Força Sindical deve apoiar Aécio Neves. Dirigida por militantes do PSB e PCdoB, a CTB (Central Brasileira dos Trabalhadores) está dividida entre Dilma e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
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