Policiais civis da Delegacia Sede de Mauá, Divisão Antissequestro da Seccional de Santo André e até colaboradores de São Bernardo esclareceram, na tarde de ontem, o sequestro de mãe e filho ocorrido na noite de quarta-feira, na Vila Valparaíso, em Santo André. Um dos integrantes da quadrilha acusada pelo crime foi preso próximo ao cativeiro, no Jardim Irene.

Segundo o registro da ocorrência feito na delegacia mauaense, Patrício Pereira de Almeida, 28 anos, foi preso enquanto tentava se esconder dentro do imóvel onde manteve as vítimas em cárcere privado. Outros dois suspeitos foram reconhecidos por meio de fotos dos arquivos da Polícia Civil.

Titular da delegacia sede mauaense, o delegado Alberto José Mesquita Alves, responsável pelo inquérito, afirmou que as investigações continuarão para capturar os outros integrantes da quadrilha.

A polícia não descarta que o crime tenha sido cometido após alguém com conhecimento do dia a dia da família ter passado informações. Desde que mãe e filho foram abordados e sequestrados, enquanto estavam no carro da família, os criminosos mostraram saber da rotina deles ao fornecerem detalhes da vida pessoal das vítimas.

Eles foram levados para o cativeiro e, antes do início da madrugada, o filho foi liberado e seguiu rendido até um caixa eletrônico, onde sacou primeira quantia em dinheiro para o pagamento do resgate de R$ 400 mil de sua mãe, que ainda era mantida refém.

O rapaz então recebeu ordens de ficar próximo do telefone porque as instruções para o pagamento da quantia exigida seriam passadas na manhã de ontem. Foi quando procurou o 1º DP (Centro) andreense para buscar ajuda.

Quando o aparato policial já estava montado, a mãe fez uma ligação para o filho informando que havia conseguido escapar do cativeiro. Ela aproveitou momento de distração de uma das mulheres que cuidavam do local e pulou a janela, buscando ajuda e um telefone em casa vizinha.

A polícia deslocou viaturas para o bairro informado pela mãe, que, ainda não confiando na honestidade do vizinho, fugiu para o meio de um matagal, onde permaneceu abaixada todo o tempo.

Almeida já fora condenado anteriormente pelo Poder Judiciário por diversos crimes, como roubo e tentativa de latrocínio. Ele havia sido liberado da penitenciária onde cumpria pena há apenas três meses, beneficiado com decisão favorável dos tribunais.