A emoção tomou conta da comunidade do handebol ontem, no enterro do armador Lucas Souza, 24 anos, no Cemitério Santa Paula, em São Caetano. Técnicos, dirigentes, companheiros de time e adversários foram dar o último adeus ao jogador, que morreu no início da tarde de segunda-feira, vítima de insuficiência cardiorrespiratória aguda.

Lucas, que tinha o apelido de São, justamente por ter nascido em São Caetano, jogou pela última vez no sábado, quando o time da cidade perdeu para a Hebraica por 28 a 22, pelo Campeonato Paulista. Segundo amigos e familiares, o jogador nunca apresentou qualquer problema cardíaco.

“Ele era um garoto saudável, que amava esportes. Nunca teve nada de anormal nos exames”, ressaltou o pai do jogador, Francisco José de Souza, que ficou irritado com a suspeita de uso de anabolizantes pelo armador. “Estão falando aos montes por aí. O que a perícia recolheu foram suplementos alimentares que ele usava, além da água que bebia. O laudo disso sai em 30 dias.”

Lucas foi encontrado morto pelo irmão Luciano, 16 anos, por volta das 13h30 de segunda-feira. Domingo à noite, ele havia postado no Twitter que estava se sentindo dolorido e com dificuldades para dormir.

Entre os presentes ao enterro estava o técnico da Seleção Brasileira, o espanhol Jordi Ribera. “Conheci o Lucas no acampamento que fizemos em 2006. Creio que a morte é uma fatalidade”, disse o treinador, que teve a opinião compartilhada por SB, técnico da Metodista/São Bernardo.