O Brasil deverá atingir a marca de 3,4 milhões de veículos emplacados até o fim deste ano, mas as vendas de máquinas superesportivas não superam 300 unidades por ano no Brasil. "É mercado pequeno, que não cresce muito", afirmou o empresário Sérgio Habib, representante de várias marcas de automóveis, entre elas Jaguar e Aston Martin.

Para 2010, a previsão de Habib é de que o mercado chegue a 350 unidades. Várias marcas disputam este filão, que cosutma ser bastante lucrativo. Geralmente, superesportivos são produzidos de forma quase artesanal, e o cliente personaliza o veículo ao seu gosto.

Para Habib, o mercado não é maior no Brasil em razão de uma peculiariade nacional - vista somente na Rússia. "Quem compra carro acima de R$ 300 mil no Brasil dá preferência a SUVs (veículos utilitários esportivos, na sigla em inglês)", disse. "Ninguém sabe ao certo por que, mas a minha impressão é que esses jipões dão mais sensação de segurança."

Mesmo tendo um mercado minúsculo, novas marcas de luxo buscam espaço no Brasil, onde um carro altamente luxuoso pode custar três vezes mais caro que na Europa ou nos Estados Unidos. "A carga tributária incidente deturpa muito os preços desses carros mais sofisticados", afirmou o presidente da Audi, Paulo Sérgio Kakinoff.

Atuando num segmento que vai dos R$ 90 mil aos R$ 700 mil, a Audi espera dobrar seu mercado no País no ano que vem. "O Brasil é um dos países que mais criam novos milionários. Então, o potencial para marcas premium é muito alto", disse.

Para Francisco Longo, importador oficial da Ferrari, o mercado de luxo requer especialização. "A venda de um carro acima de R$ 1 milhão necessita de muita dedicação, persistência e paciência."