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No Banco Mundial, Zoellick quer estimular OMC
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
18/06/2007 | 19:05
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O ex-representante de Comércio dos Estados Unidos Roberto Zoellick, que deve ser eleito o novo presidente do Banco Mundial (Bird), se reuniu nesta segunda-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e discutiu temas referentes à OMC (Organização Mundial de Comércio) e sobre a Rodada Doha.

A um passo de assumir a liderança do Banco Mundial, Zoellick reafirmou seu compromisso com o sucesso da rodada. "Mencionei ao presidente Lula que se houver algo que o banco possa fazer para ajudar no fechamento da rodada, certamente terei satisfação em ajudar”, afirmou em coletiva à imprensa.

Ele acredita que o Banco Mundial poderia, por exemplo, prestar apoio técnico a certos países na implementação de acordos internacionais e auxiliar no processo negociador. "Em minha experiência como ministro do comércio percebi que alguns países precisam construir capacidade negociadora. É definitivamente o caso dos países da América Central”, relatou.

Mesmo enfatizando que agora é um cidadão comum e não mais negociador, falou em nome do governo norte-americano ao ser questionado sobre a verdadeira disposição dos Estados Unidos em fazer a Rodada Doha avançar. “Pelo menos neste momento, nós queremos eliminar os subsídios à exportação. Em segundo lugar, precisamos de cortes profundos nos subsídios domésticos que afetam a agricultura”, afirmou, relembrando que propôs um corte de US$ 100 bilhões e que hoje é possível “ir além”.

Com relação à redução de tarifas para a entrada de produtos agrícolas estrangeiros, reconheceu a necessidade de facilitar o acesso para a produção de países mais pobres. "Não é só uma questão de reduções percentuais, mas como lidamos com a sensibilidades em produtos especiais".

Por fim, falou sobre a necessidade de redução das tarifas para produtos industrializados – uma das demandas feitas pelos países desenvolvidos em troca da abertura de seus mercados para os produtos agrícolas dos países em desenvolvimento. “Não estou em posição de dizer – e mesmo se estivesse, não diria - qual é a melhor combinação de todos estes fatores. Pela minha experiência, todos temos que trabalhar juntos”, destacou. “Não é uma negociação convencional. Precisamos que os ministros sentem juntos e pensem como podemos realmente abrir mercados”.



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