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Al Qaeda, Talibã e novo governo são os objetivos, diz Blair
Das Agências
08/11/2001 | 00:42
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O primeiro ministro britânico, Tony Blair, declarou mais uma vez nesta quarta-feira que os objetivos do ataque contra o Afeganistão são neutralizar a Al Qaeda, tirar os talibãs do poder no Afeganistão e criar um novo governo. Ele fez essas afirmações em Washington, junto ao presidente George W. Bush.

"Os objetivos são bem simples: a neutralização da Al Qaeda e de sua rede terrorista, a queda do regime talibã e a criação de um novo regime", disse Blair em entrevista coletiva conjunta na Casa Branca.

Além disso, buscamos também "um futuro decente para o povo do Afeganistão, baseado na estabilidade e no progresso, e não fundado num regime que oprime a população, a ameaça de forma aterradora, num contexto perigoso para a estabilidade regional, e que se apóia fundamentalmente no comércio de drogas".

"A causa é justa, temos determinação e estratégia, e há um compromisso total para garantir que vamos vencer esta batalha. Vamos conseguir, não tenho nenhuma dúvida a respeito", garantiu.

Determinação — Bush e Blair durante a coletiva que a ofensiva aliada trouxe muitos progressos na luta contra o terrorismo e mostrou sua determinação de conseguir a vitória. "Venceremos", garantiram os dois presidentes, enquanto Bush insistia que "os Estados Unidos não têm melhor amigo do que a Grã-Bretanha".

"Não há quem eu goste mais de falar sobre assuntos de preocupação comum do que Tony Blair", acrescentou Bush, que dedicou esta semana a vários encontros com dirigentes estrangeiros, entre eles o presidente francês, Jacques Chirac.

"Os talibãs estão sendo derrubados lentamente, mas seguramente", afirmou Bush, acrescentando que "fizemos grandes progressos na campanha no Afeganistão". O presidente Bush novamente lembrou que esta campanha levará tempo. "É uma longa batalha", frisou.

Blair negou boatos da imprensa de que o apoio à campanha liderada pelos Estados Unidos contra o terrorismo esteja caindo entre os líderes europeus. Pelo menos cinco países europeus - Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália e Espanha - estão participando ou prometeram contribuir com a operação militar em território afegão.

Bush e Blair destacaram a necessidade de ter paciência. "Somos pacientes e nossos amigos são pacientes, o que é uma má notícia para os talibãs e as pessoas que eles protegem", disse o presidente americano.

Durante seu encontro, o segundo desde os atentados de 11 de setembro, os dirigentes conversaram sobre a estratégia militar, a ajuda à população afegã e os meios políticos para estabelecer um novo poder no Afeganistão depois de uma eventual queda do regime talibã.

"Os Estados Unidos e Grã-Bretanha fazem tudo o que puderem para ajudar ao povo afegão", garantiu Tony Blair. Ao ser consultado sobre as operações militares e o grau de participação britânico nelas, o primeiro-ministro se negou a dar detalhes.




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