Apontado por especialistas como uma das soluçoes para o trânsito carregado das marginais do Tietê e do Pinheiros, a construçao do Rodoanel está sendo executada, apesar da crise econômica. "Os canteiros de obra estao montados e fizemos as avaliaçoes para desapropriaçao do primeiro trecho, da Rodovia Regis Bittencourt até a Bandeirantes", disse, nesta terça, o presidente da empresa Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), Antônio Jamil Cury.

Ele afirmou que neste ano 40% dos serviços desse trecho devem estar concluídos. Os outros 60% serao realizados no próximo ano e a previsao da Dersa é que os primeiros veículos comecem a usar a rodovia em dezembro de 2000. "Pelo Rodoanel deve passar boa parte dos veículos pesados que hoje transitam pelas marginais."

Segundo estudos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), apenas no caso de veículos que transportam produtos perigosos, essa reduçao seria de 3 mil viagens por dia. Do total de 10 mil viagens realizadas diariamente na cidade com cargas dessa natureza, 30% utilizam as vias da capital apenas como passagem para outros municípios ou Estados.

As obras do Rodoanel vao custar cerca de R$ 340 milhoes. A divisao desse valor será feita de forma que o Estado vai pagar 50% e o Município e a Uniao, 25%. Esses porcentuais estao previstos nos Orçamentos das três administraçoes, mas falta à Prefeitura, conforme Cury, a aprovaçao da Câmara Municipal, que está em recesso até fevereiro, para a assinatura do convênio com o Estado e a Uniao.

Para o presidente da Dersa, isso e a atual crise financeira nao devem representar problemas. "As empresas deram 40% de desconto no preço inicial, o que facilitou a obtençao de verbas e aliviou as contas públicas".