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Adolescente mata a madrasta com ajuda do pai
Por Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
14/11/2008 | 07:00
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Cansada dos freqüentes maus-tratos a que era submetida, uma estudante de 13 anos matou a madrasta a facadas e pedradas na vila histórica de Paranapiacaba, em Santo André. O crime contou com a ajuda do pai, o pedreiro José Souto Espinoza, 38 anos.

O assassinato ocorreu na terça-feira, às 21h30, mas só foi descoberto quinta-feira pela Polícia Militar, quando o corpo apareceu. A madrasta Marilúcia Ferreira dos Santos, 42 anos, foi enterrada na margem da Estrada de Paranapiacaba por Espinoza e o avô da estudante, o também pedreiro Luis Berenguel Lopes, 65.

Após o sumiço de Marilúcia na terça-feira, boatos se espalharam pela vizinhança e os três integrantes da família foram detidos. Segundo a polícia, eles confessaram o homicídio.

Conforme os três declararam à polícia, Marilúcia era alcóolatra e ‘infernizava' a vida da estudante com agressões físicas, verbais e até com falta de alimentação.

O estopim das desavenças ocorreu na terça-feira na residência da família, localizada na Estrada Rabique 3, na parte baixa da vila.

Depois de mais uma briga familiar, a estudante pegou um facão e cortou a madrasta. Segundo a adolescente e o pai, Marilúcia estava embriagada. Quando ela caiu no quintal, a estudante pegou um pedaço de pedra e bateu diversas vezes na cabeça da madrasta.

"O pai da adolescente, após o entrevero das duas, ajudou a matar a vítima com o facão e pedradas", afirmou o delegado do 6º DP, Alberto José Mesquita Alves, responsável pelo caso.

Depois de constatar que Marilúcia estava morta, Espinoza chamou o pai, que mora em uma casa geminada, para ajudar a enterrar o corpo.

Utilizando um carrinho de mão, o pai e o avô andaram aproximadamente 200 metros e fizeram uma cova na margem da Estrada de Paranapiacaba. Cobriram o corpo com areia, mato e pedras.

Segundo a PM, um dia depois a estudante teria falado para uma colega de escola sobre o que ocorreu. Não demorou muito para boatos se espalharem na vila inglesa.

PMs que trabalham na base de Paranapiacaba foram quinta-feira pela manhã na escola onde a adolescente estuda e a detiveram na sala de aula.

O pai e o avô foram presos enquanto trabalhavam em uma construção em Rio Grande da Serra.

A estudante foi levada à Vara da Infância e Juventude. Até quinta-feira à noite, não havia definição se ficará internada na Fundação Casa (ex-Febem). O pai e o avô foram encaminhados para a Cadeia Pública de Santo André.




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