A demanda por ações da oferta pública (IPO) da Bolsa de Mercadorias & Futuros já atingiu entre R$ 17 bilhões e R$ 21 bilhões, ou seja, de quatro a cinco vezes o valor da oferta (R$ 4,29 bilhões), segundo estimativas do mercado.

Embora o prazo para a reserva do papel só termine hoje, dificilmente pessoas físicas que não têm cadastro em corretora conseguirão efetuar a operação.

Em várias instituições, as reservas de novos investidores foram interrompidas segunda-feira ao meio-dia. O atendimento deverá ser normal para investidor já cadastrado.

Operadores explicam que o problema para aceitar reservas por novos investidores é a confecção do cadastro. “A média diária de novos cadastros aumentou 150%”, disse um deles.

Segundo profissionais do mercado, não há pessoal suficiente nas corretoras para checar o preenchimento de novos cadastros e a documentação do investidor, detectar erros e pedir eventual correção.

O mercado ainda não descarta uma alteração no intervalo de preço por ação, que vai de R$ 14,50 a R$ 16,50. Segundo analistas, alterações podem ser feitas até amanhã, quando será fechado o preço.

O papel poderá ter preço fora do intervalo fixado, porque o valor que prevalecerá será a média da oferta feita por investidores institucionais. A ação da BM&F estreará na Bovespa sexta-feira.

Os novos investidores, segundo operadores, podem ser divididos em dois grupos. Em um, estão investidores que não compraram ações no IPO da Bovespa e, acreditando que a BM&F vai ter o mesmo sucesso, não querem agora ficar de fora do negócio.

No outro, estão os “terceiros” – cônjuges, filhos, parentes e amigos de investidores –, que emprestam nome e CPF para a aplicação.