Por pouco o Dia da Consciência Negra não passou em branco no Grande ABC. Das duas caminhadas previstas na região para celebrar a “imortalidade” de Zumbi dos Palmares, uma sequer ocorreu e outra reuniu metade do público esperado.

Em São Bernardo, único município do Grande ABC que não incluiu a data em seu calendário de feriados, a expectativa era de que entre 200 e 300 pessoas se reunissem na Praça da Matriz, tradicional palco de reivindicações da cidade.

Às 14h30, horário combinado para o ato, cerca de 50 ativistas se concentravam na área verde, em frente à Avenida Marechal Deodoro, principal corredor comercial da cidade – em plena atividade por conta da não-declaração do feriado.

O trânsito no Centro ficou parado e a marcha prevista para mais tarde foi desmarcada. “As pessoas estão trabalhando, por isso o pouco público”, justificou Marcos Fortunato Mariano, da ONG Centro Negro Bonfim, uma das organizadoras da atividade.

Em Diadema, a manifestação se concentrou em frente ao fórum e seguiu em caminhada até a Praça Castelo Branco. Das cerca de mil pessoas previstas, entre 400 e 500 apareceram, segundo a organização.

“Tivemos dificuldade na divulgação do evento e pouca gente acabou aparecendo”, explicou Wilson Roberto Levy, do grupo Zulu Nation Brasil, filiado ao Creppir (Centro de Referência de Promoção de Políticas de Igualdade Racial), organizador do evento.

Passeatas em defesa da igualdade racial também ocorreram nas principais capitais do País. No Rio de Janeiro, a data foi marcada por atos ecumênicos e pelo som do bloco Afoxé Filhos de Gandhi.