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F-1 ganha concorrente que mistura corridas e futebol
Flavio Gomes
Especial para o Diário
09/08/2000 | 00:23
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  A partir de 2002, a Fórmula 1 terá concorrência. Está nascendo na Europa uma nova categoria de monopostos para rivalizar com os negócios de Bernie Ecclestone & cia. Será um "mix" inédito: futebol e corridas de automóvel. A Premier 1 GP, nome da nova liga, terá 12 provas e carros pintados com as cores dos principais clubes europeus. Uma das etapas do campeonato, de acordo com os organizadores, será disputada na América do Sul. Talvez no Brasil.

"Queremos ser um complemento da F-1. Nossas corridas serao realizadas em dias diferentes", disse nesta terça à Warm Up um dos responsáveis pelo projeto, o britânico Graham Kelly - ex-chefe-executivo da English FA, a Associaçao Inglesa de Futebol (equivalente à CBF no Reino Unido).

De acordo com os planos iniciais, o campeonato terá 30 carros. Será uma competiçao monomarca, com chassis feitos pela italiana Dallara (que também fabrica carros para a IRL e F-3, entre outras categorias) equipados com motores Judd V10 de quatro litros, desenvolvidos pela Engine Developments - empresa sediada em Rugby, na Inglaterra. A Judd fez motores para equipes de F-1 entre 88 e 92. Os pneus serao slicks.

"Vai ser uma categoria barata porque os carros serao iguais", continua Kelly. "Vamos valorizar o lado humano das corridas. Queremos uma competiçao de pilotos, nao de máquinas, com muitas ultrapassagens e emoçao."

Os times que terao suas cores pintadas nos carros da Premier 1 serao de seis países: Espanha, Itália, França, Alemanha, Inglaterra e Holanda. Já está definido que os quatro times mais bem colocados nos rankings desses países nos últimos seis anos terao a chance de participar.

Por esse critério, dá para imaginar um campeonato com carros decorados com as cores de equipes como Barcelona, Real Madrid, Juventus, Milan, Internazionale, Paris Saint-Germain, Monaco, Bayern de Munique, Borussia Dortmund, Manchester United, Arsenal, PSV, Ajax e Feyernoord, entre outros.

"A receptividade dos clubes tem sido muito boa", diz Kelly, que visitou 26 deles nos últimos 18 meses. "A reaçao é positiva porque eles nao terao de gastar dinheiro nenhum, e ainda terao espaço no corpo do carro para seus patrocinadores." A receita da liga, de acordo com o dirigente, virá da publicidade global do campeonato. O patrocinador principal terá espaço nas asas de todos os carros.

Segundo Kelly, os circuitos que serao utilizados nao fazem parte do calendário da F-1, mas serao todos autódromos permanentes. Nao está nos planos uma corrida em pista de rua. Cada equipe terá um carro apenas.




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