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Diadema quer cortar pela metade tempo de espera por consultas
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
25/08/2005 | 08:06
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Diadema quer reduzir pela metade o tempo de espera por consulta em suas UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Hoje, para ser atendido o usuário é obrigado a aguardar cerca de um mês. A intenção do município é baixar para 15 dias esse período. Para isso, serão contratados a partir de novembro 89 médicos. São 27 especialidades diferentes. A maioria das vagas é para socorristas, cirurgiões, ortopedistas, generalistas e pediatras.

Também estão previstas contratações nas áreas de geriatria e nutrólogo, que até então não existiam na rede de saúde de Diadema. Os profissionais vão trabalhar no Núcleo de Especialidades, que fica na Vila Diadema. "A cidade já teve em outras ocasiões a intenção de fazer essas contratações, mas não obteve êxito. A geriatria tem poucos profissionais no mercado", afirma o secretário municipal da Saúde, Marcos Calvo.

Hoje, a rede de saúde de Diadema conta com cerca de 450 médicos. Mas o quadro de profissionais não inflará proporcionalmente aos 89 médicos que deverão ser contratados até novembro. Parte dos novos profissionais, que serão contratados por meio de concurso público, irão substituir cerca de 50 médicos que hoje prestam serviço em caráter temporário à Secretaria Municipal da Saúde e que, segundo Calvo, não terão o contrato renovado.

Apesar da substituição, que pelo formato previsto hoje não deve alterar tão profundamente o quadro de funcionários, o secretário de Saúde ainda aposta na redução do tempo de espera por consultas. Isso porque, além dos novos médicos, também está prevista até o fim do ano a informatização das 15 UBSs de Diadema. A pauta de melhorias prevê ainda a reestruturação do sistema de marcação de consultas por central telefônica.

O sistema, que recebe cerca de dez mil ligações por mês, está sobrecarregado. Os parâmetros para a reformulação devem ser discutidos nesse fim de semana, na Conferência Municipal de Saúde de Diadema.

Usuários – "Acostumados" à demora para a marcação de consultas, moradores de Diadema vêem com descrédito as iniciativas para otimizar o sistema. "Há dois meses tento marcar uma consulta com o médico vascular para minha mãe, de 88 anos, e não consigo. Ela está com a perna super inchada e ninguém sabe o porquê", afirma a dona-de-casa Maria Aparecida Minharro, 46 anos, enquanto aguardava carona em frente ao PA (Pronto-Atendimento) de Diadema para levar a mãe para casa.




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